Vacina mostra forte eficácia contra casos graves com Ómicron nos EUA

22 de Janeiro 2022

A vacinação contra a Covid-19 e as doses de reforço continuam a ter uma eficácia muito alta contra casos graves da doença, durante a vaga causada pela variante Ómicron nos Estados Unidos, revela um grande estudo divulgado na sexta-feira.

O estudo dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) analisou dados de mais de 300.000 situações de urgência e hospitalizações em 10 estados norte-americanos, entre 26 de agosto de 2021 a 05 de janeiro de 2022.

Durante o período em que a variante Delta foi dominante, a eficácia da vacina contra internamentos por Covid-19 foi de 90%, entre 14 e 179 dias após a toma da segunda dose de uma vacina.

Esta percentagem caiu para 81% após 180 dias da toma da segunda dose, e subiu para 94% após 14 dias da toma da dose de reforço (terceira dose).

Com a variante Ómicron agora dominante, a eficácia da vacina contra hospitalizações, entre 14 e 179 dias após a segunda dose, é calculada em 81%, sendo de 57% após mais de 180 dias da toma da segunda dose, e 90% após 14 dias da toma da terceira dose.

Um segundo estudo, que utilizou dados de 25 estados norte-americanos, demonstrou que a eficácia da vacina contra novas infeções era de 93%, antes da Delta, e passou para cerca de 80% quando esta variante se tornou dominante.

Mas a proteção contra a morte permaneceu estável, e alta, em 94%.

A eficácia contra infeções caiu para 68% com a variante Ómicron, mas os autores não conseguiram obter uma estimativa da proteção da vacina contra a morte durante esta última vaga, devido a um atraso no registo das informações, embora os investigadores considerem que a percentagem permanece muito elevada.

O estudo demonstrou ainda que, enquanto as mortes entre pessoas totalmente vacinadas aumentaram acentuadamente durante a vaga da Delta (mais de 20.000 pessoas entre julho e novembro), as pessoas não vacinadas tiveram 16 vezes mais hipóteses de morrer durante o mesmo período.

A proteção foi ainda maior para as pessoas que receberam uma dose de reforço.

Entre outubro e novembro, pessoas não vacinadas tiveram 50 vezes mais hipótese de morrer de Covid-19 do que pessoas vacinadas que receberam a dose de reforço.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

SIM diz que protocolo negocial com tutela será assinado em maio

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou esta sexta-feira que o protocolo para iniciar as negociações com o Governo será assinado em maio, esperando que ainda este ano se concretize um calendário de melhoria das condições de trabalho dos médicos.

Victor Ramos: SNS precisa de uma “equipa de pilotagem”

O Serviço Nacional de Saúde precisa de um órgão de coordenação técnica e estratégica que não se confunda com a equipa política, defende o presidente da Fundação para a Saúde – SNS, Victor Ramos. É uma equipa de pilotagem de um serviço extremamente complexo, “muito necessária para evitar os ziguezagues, sobretudo descontinuidades, perdas de memória”.

Lucro da Sanofi cai 43% para 1.333 ME no 1.º trimestre

A Sanofi, empresa que opera na área da saúde e que tem presença em Portugal, registou 1.333 milhões de euros de lucro no primeiro trimestre, uma descida de 43,2% relativamente aos primeiros três meses de 2023, foi anunciado.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights