Governo alemão quer eliminar gradualmente restrições a partir de 20 de março

14 de Fevereiro 2022

A Alemanha vai eliminar gradualmente, a partir de 20 de março, a maioria das restrições impostas para combater a pandemia de Covid-19, segundo um plano do Governo esta segunda-feira divulgado.

“Até ao início da primavera, a 20 de março de 2022, as restrições à vida social, cultural e económica deverão ser gradualmente levantadas”, refere um documento elaborado para ser discutido na quarta-feira pelo Governo e os estados federados alemães e citado hoje pela agência francesa de notícias AFP.

Caso haja acordo, o país poderá abolir ou limitar, nessa altura, as obrigações de vacinação que condicionam o acesso aos principais locais da vida social ou cultural e também as regras que incentivam as empresas ao teletrabalho.

No entanto, o documento especifica que os empregadores poderão, sob condições, continuar a propor que o trabalho seja feito a partir de casa, desde que haja acordo com os trabalhadores.

O uso de máscaras cirúrgicas ou do tipo FFP2 deve, no entanto, permanecer obrigatório, especialmente nos transportes públicos e em espaços fechados.

Numa primeira fase, sem data precisa, o limite máximo para o número de pessoas autorizadas a estar presentes em reuniões privadas poderá manter-se limitado – a 10 pessoas vacinadas ou recuperadas da doença Covid-19 -, o que poderá rapidamente passar para o limite de 20 pessoas.

Além disso, o controlo de entradas em lojas de comércio será abolido em breve em toda a Alemanha.

Numa segunda fase, a partir de 04 de abril, as restrições que abrangem os restaurantes e hotéis deverão também desaparecer e os clubes e discotecas poderão reabrir para pessoas que foram vacinadas, recuperadas ou testadas.

O documento refere ainda que os limites impostos nos recintos desportivos também deverão desaparecer, mas os grandes eventos manter-se-ão apenas acessíveis a quem apresente certificado de vacinação.

A incidência de Covid-19 na Alemanha inverteu, no domingo e pela primeira vez desde dezembro, a tendência ascendente, registando-se 1.466 novos casos, contra 1.474 na véspera, de acordo com dados do Instituto Robert Koch (RKI).

Os dados do RKI, contudo, contrastam com a opinião dos peritos, que acreditam que muitos casos ficam por registar porque a capacidade de testagem a nível nacional é afetada pelo desenvolvimento da variante Ómicron nas últimas semanas e não é possível rastrear todos os contactos de uma pessoa que tenha testado positivo.

Na última semana registou-se um número recorde de novos contágios da pandemia, cerca de 250 mil casos, de acordo com as previsões feitas pelo ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, que apontou que o pico da vaga atual será atingido na Alemanha em meados de fevereiro.

A Covid-19 já provocou pelo menos 5.799.910 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

LUSA/HN

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