Médicos britânicos alertam para excesso de mortalidade em jovens e pedem a suspensão da vacina

18 de Fevereiro 2022

Um grupo de 90 médicos e cientistas britânicos escreveram esta semana uma carta aberta dirigida à Comissão Conjunta de Vacinação e Imunização, ao Diretor Geral da Saúde (CMO) e ao primeiro-ministro britânico, alertando para o excesso de mortalidade em rapazes entre os 15 e os19 anos no Reino Unido desde que começou o programa de vacinação. Os especialistas pedem a suspensão da vacina contra a Covid-19 nesta faixa etária.

Não é de agora que os especialistas alertam para os riscos da vacinação contra o SARS-CoV-2 em crianças e jovens saudáveis. À semelhança dos alertas feitos por parte de especialistas portugueses, um grupo de 90 médicos e cientistas do Reino Unido afirmam-se preocupados com o aumento do número de mortes de jovens entre 15 e os 19 anos desde que teve início a campanha de vacinação.

Na carta aberta, os médicos destacam que como foi apresentado no Supremo Tribunal de Londres os dados do ONS (Office for National Statistics) mostram que o “número de 402 mortes em excesso é significativamente superior à média de 337 mortes dos 5 anos precedentes”. Os especialistas advertem ainda que estes números podem estar subestimados “devido aos atrasos nos casos de medicina legal”.

Com a chegada da nova variante Ómicron, a infeção por Covid-19 tornou-se menos agressiva, tanto para adultos, como para crianças e jovens. Por este motivo, os signatários da carta consideram que “chegou a altura de suspender e reconhecer que não existe emergência para as crianças e que para elas a relação risco benefício atualmente favorece nitidamente a imunidade natural”.

A já comprovada falta de eficácia da vacina é mais um motivo que, aos olhos dos especialistas, sustenta a necessidade de suspensão da administração da vacina nas faixas etárias mais novas. No documento é referido que “as crianças têm tido elevadas taxas de infeção ao longo das últimas semanas, estimando-se que 80% estejam imunes”, advertindo que “os efeitos secundários são maiores quando se vacinam pessoas que já estão imunes”.

Para além de mencionar os riscos de reação adversa grave (troponina elevada, miocardites, convulsões e risco de morte), os especialistas alertam que “há evidência crescente de alteração da função imunológica, particularmente depois de múltiplas doses de vacina”, dando o exemplo do Israel que “defronta-se agora com doença grave e morte depois da quarta dose de vacina”.

Numa altura em que o Reino Unido e outros países europeus defenderam o alívio das restrições devido à transição de pandemia para endemia, os médicos e cientistas questionam as autoridades de saúde e os responsáveis políticos sobre a necessidade de vacinação das crianças. “Numa altura em que é proposto que mesmo aqueles que testam positivo para Ómicron, não precisam de isolamento. Se a Ómicron não é risco para os outros, porquê vacinar?”

Depois de questionar a eficácia das medidas adotadas no combate ao vírus da Covid-19, os especialistas pedem uma reunião de carater urgente com a JCVI, o Diretor Geral da Saúde (CMO) e o primeiro-ministro para avançar com a suspensão da vacina em crianças e jovens saudáveis.

HN/Vaishaly Camões

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