A medida, inicialmente aplicada aos cuidadores de serviços sociais, estava prevista para entrar em prática no início de abril em Inglaterra para médicos e enfermeiros, e estava a causar preocupação devido à resistência encontrada.
Quando a decisão inicial foi tomada, “a variante Delta era dominante”, lembrou o ministro da Saúde, Sajid Javid, em comunicado.
“Desde então, foi substituída pela Ómicron, que é menos grave, com a percentagem de pessoas que precisam de cuidados intensivos ou internamento hospitalar reduzida pela metade em comparação com a variante Delta”, disse.
Segundo o governante, “com uma população mais bem vacinada e menores taxas de internamento, era correto voltar a estudar” a decisão, que foi rejeitada por 90% dos 90 mil participantes em consulta pública sobre o assunto.
Muitos políticos, nomeadamente do Partido Conservador, manifestaram-se preocupados com o risco de muitos profissionais preferirem demitir-se a serem inoculados, aumentando a pressão no serviço público de saúde, onde estão por preencher cerca de 100.00 vagas.
O ministro, no entanto, salientou a “responsabilidade profissional” dos profissionais em serem vacinados.
A partir de 15 de março, os trabalhadores de lares de idosos e outras instituições também vão deixar de estar obrigados a estarem vacinados, lê-se no comunicado.
Desde o início da pandemia, o Reino Unido, país com 67 milhões de habitantes, registou quase 19 milhões de casos do novo coronavírus e mais de 160 mil mortes.
Cerca de 52 milhões de pessoas (85,2%) receberam duas doses da vacina e mais de 38 milhões (6,5%) uma terceira dose de reforço.
A Inglaterra suspendeu na semana passada a maioria das restrições ainda em vigor no país, incluindo o fim do isolamento obrigatório para casos positivos, uma medida altamente controversa na estratégia do primeiro-ministro, Boris Johnson, de conviver com a covid-19 como se fosse uma “gripe”.
No Reino Unido, cada uma das quatro nações (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) decide a sua própria política em questões de saúde.
A covid-19 provocou pelo menos 5.952.685 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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