“Nesta primeira fase de acolhimento de emergência, o Município de Portimão disponibilizou de forma imediata quartos numa unidade de alojamento e ultimou uma outra unidade de alojamento local, que se encontrava desocupada, e com capacidade para 100 camas”, lê-se numa nota divulgada pela autarquia.
Segundo o município, estes 266 cidadãos, na sua maioria mulheres e crianças, já estão registados no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), estando em curso várias medidas para acolher e apoiar as famílias ucranianas que já chegaram e as que deverão chegar ao concelho nos próximos tempos.
Com o objetivo de alargar o número de respostas ao nível de alojamento, aferindo a eventual disponibilidade de famílias de acolhimento, o município prepara-se para lançar, na próxima semana, um questionário dirigido a quem tiver interesse e meios para acolher voluntária e gratuitamente famílias ucranianas.
“A rede de emergência social está a funcionar em toda a linha, e de forma concertada por forma a garantir um acolhimento de emergência às famílias ucranianas que chegam a Portimão e dar apoio a nível de alojamento e bens essenciais para o dia a dia destas famílias”, prossegue a nota.
Os menores em idade escolar estão em processo de integração nas escolas do município, “usufruindo do apoio das equipas de intervenção social e que, no seio escolar, poderão contar com o acolhimento especial de crianças ucranianas atualmente a residir em Portimão, que assumiram o importante papel de ‘tutores’ de quem agora chega como deslocado, como já o fizeram noutros momentos”.
Para as crianças mais pequenas, está a preparado um espaço de acolhimento para ocupação dos seus tempos livres e para apoio às mães, “com diversas atividades lúdicas e recreativas previstas, bem como aulas de aprendizagem da língua portuguesa”, numa iniciativa conjunta com o Centro de Apoio à População de Leste Europeu e Amigos (Capela).
“Portimão apoia a Ucrânia” é a equipa de trabalho criada para assegurar a articulação de necessidades e ativação de meios para acolhimento e integração dos deslocados da Ucrânia, juntando responsáveis dos órgãos da autarquia, entidades regionais, instituições e outros membros da rede de emergência social.
“Esta equipa garante apoio a diferentes níveis, desde apoio documental, acolhimento de emergência, alimentação e vestuário, cuidados de saúde, identificação de oportunidades de trabalho, integração das crianças em estabelecimentos de ensino do município e atividades de ocupação dos tempos livres”, conclui.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
LUSA/HN
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