Bolsa de Lisboa em baixa com Greenvolt e BCP a caírem mais de 2%

12 de Abril 2022

A bolsa de Lisboa estava hoje em baixa, a manter a tendência da abertura, com as ações da Greenvolt e do BCP a caírem 2,24% para 7,42 euros e 2,15% para 0,16 euros

Cerca das 09:05 em Lisboa, o PSI recuava 0,81% para 6.062,26 pontos, com 12 ‘papéis’ a descerem, um a subir (Galp Energia, +0,34% para 11,86 euros) e dois a manterem a cotação (REN em 2,51 euros e Semapa em 12,50 euros).

Às ações da Greenvolt e do BCP seguiam-se as da EDP e da Jerónimo Martins, que baixavam 1,71% para 4,55 euros e 1,64% para 21,60 euros.

As ações da Sonae também desciam mais de 1%, designadamente 1,44% para 1,03 euros.

No mesmo sentido, as ações da NOS e da EDP Renováveis eram outras das que mais se desvalorizavam, já que desciam 0,94% para 3,99 euros e 0,87% para 22,85 euros.

O PSI (Portugal Stock Index) é desde 21 de março o principal índice da Bolsa de Lisboa com uma primeira carteira composta por 15 das 19 empresas que integravam o antecessor PSI20.

Na Europa, as principais bolsas negociavam hoje em baixa, à espera do principal indicador macroeconómico da sessão, a inflação em março nos EUA, que se espera que seja muito elevada.

As bolsas abriram com fortes perdas, a seguir a tendência de Wall Street na véspera, afetada pelo mercado, onde os juros da dívida dos EUA a 10 anos sobem para máximos de três anos, enquanto os investidores continuam preocupados com a inflação e as possíveis consequências do aumento das taxas de juro por parte da reserva federal norte-americana (Fed).

Analistas citados pela Efe explicam que também se estão a intensificar as expectativas de subidas de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE), cuja reunião de política monetária se realiza na quinta-feira.

Entretanto, depois de ter descido significativamente na segunda-feira, o petróleo Brent estava hoje de novo a subir, cerca de 3% para 101,50 dólares.

Na sessão de hoje a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicará novos prognósticos sobre a evolução do mercado petrolífero mundial até ao fim do ano, num momento marcado pela guerra na Ucrânia e a possibilidade de que a União Europeia decida deixar de importar petróleo russo.

Neste contexto de fortes pressões inflacionistas, os juros das dívidas soberanas a 10 anos subiam para máximos, os da Alemanha para 0,83% e os dos EUA para 2,81%.

A bolsa de Nova Iorque terminou em baixa na segunda-feira, com o Dow Jones a descer 1,19% para 34.308,08 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro.

O Nasdaq fechou a desvalorizar-se 2,18% para 13.411,96 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro.

A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0858 dólares, contra 1,0878 dólares na segunda-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em junho abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 101,50 dólares, contra 98,48 dólares na segunda-feira.

NR/HN/LUSA

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