Em comunicado, a representação diplomática alertou que mesmo os casos assintomáticos são colocados em centros de quarentena designados pelas autoridades chinesas, uma medida que resultou no isolamento de dezenas de milhares de casos em instalações improvisadas.
“Pelo que tem sido partilhado pelas autoridades [chinesas], as pessoas que se encontram nos centros de quarentena terão de ali testar negativo para a covid-19 um determinado número de vezes até que possam ter alta”, lê-se na nota emitida pelo consulado.
“Embora este consulado geral não possa impedir este processo, por serem competências exclusivas das autoridades chinesas, se estiver nessa situação encorajamos que ligue para o número de emergência deste Consulado Geral:159 2155 3994”, ressalvou.
A China continua a reagir a surtos de covid-19 com medidas rigorosas, no âmbito da estratégia de ‘zero casos’, apesar dos crescentes custos económicos e sociais.
Estas medidas incluem o isolamento de todos os infetados em instalações designadas e o bloqueio de cidades inteiras, incluindo o encerramento de supermercados.
As autoridades de Xangai disseram que estão a garantir suprimentos diários para os moradores, na sequência de reclamações sobre entregas de alimentos e outras necessidades.
Sobre os problemas relacionados com o abastecimento de alimentos, o consulado reconheceu que tem havido “muitas dificuldades”.
A representação diplomática recomendou que se utilize as plataformas de comércio eletrónico para obter bens essenciais, mas lembrou que a entrega pode demorar até três dias.
Quando tal não é viável, o consulado recomendou que se utilize os grupos de Wechat (uma ‘app’ de mensagens instantâneas) criadas pelos condomínios para comprar bens essenciais.
“Se esta iniciativa não existir no seu complexo residencial e estiver a ter dificuldades em obter alimentos, é importante que contacte o condomínio. Caso existam dificuldades de comunicação com o comité de bairro, o consulado geral de Portugal em Xangai poderá procurar interceder junto das autoridades locais”, afirmou.
Xangai, a cidade mais populosa da China, com 25 milhões de habitantes, registou mais de 130.000 casos desde o início de março. As autoridades disseram que não houve mortes, até à data, e que apenas um paciente desenvolveu sintomas graves.
NR/HN/LUSA
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