Num balanço da situação epidemiológica, Graça Freitas disse que o número de novos casos de Covid-19 nos últimos sete dias ainda rondou os 60 mil, um número superior aos picos das curvas epidémicas anteriores, exceto no último Inverno.
“Ainda estamos longe de chegar a uma atividade baixa que permita chegar a um nível seguro”, afirmou Graça Freitas, considerando que apesar de estável e com tendência decrescente, a incidência do coronavírus SARS-CoV-2 ainda está elevada, assim como a transmissibilidade.
Graça Freitas sublinhou que a mortalidade por Covid-19 traz “bastante preocupação”, adiantando que se encontra nos 28,6 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, valor que continua superior ao limiar de 20 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) e que constitui uma das referências determinadas pelo Governo para o país passar para um nível sem restrições de controlo da pandemia.
A diretora-geral da Saúde ressalvou que já está a haver uma “tendência ligeiramente decrescente” da mortalidade, mas, ressalvou, “vamos ver se mantém ou não”.
Perante esta situação epidemiológica, Graça Freitas recomendou a adoção de “medidas de proteção individual”, nomeadamente a vacinação com a dose de reforço para quem está elegível, o uso da máscara obrigatória em espaços fechados, a lavagem das mãos, a etiqueta respiratória, e a recomendação de fazer um teste à Covid-19 antes de ir para um convívio.
“A pandemia não acabou a nível global e em Portugal também não e não sabemos como vão ser os próximos meses”, disse.
“Apelo para a participação de todos os cidadãos no sentido da sua proteção e dos outros, principalmente dos mais vulneráveis que são os mais velhos, mais doentes e pessoas que estão em instituições”, insistiu Graça Freitas.
Quanto aos doentes com Covid-19, a diretora-geral da Saúde disse que devem manter-se isolados.
LUSA/HN
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