Iraque regista 12 mortos e aumento do número de casos de febre do Congo

10 de Maio 2022

Pelo menos 12 pessoas já morreram este ano no Iraque devido à febre do Congo, segundo dados revelados hoje pelas autoridades, que estão a tentar conter a propagação desta doença infecciosa viral transmitida pelos animais.

“O número total de casos de febre hemorrágica é de 55, incluindo 12 mortes”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Seif al-Badr, em conferência de imprensa.

Cerca de 29 casos, incluindo seis mortes, foram registados em Dhi Qar, uma província pobre e rural no sul do país onde são criados bovinos, ovelhas, cabras e búfalos, animais que são potenciais hospedeiros intermédios da febre hemorrágica da Crimeia-Congo.

Um relatório anterior, anunciado na sexta-feira à noite, relatava 40 casos, incluindo oito mortes em todo o país.

A transmissão aos seres humanos desta febre hemorrágica ocorre “quer através de picadas de carraças, quer através do contacto com sangue ou tecidos de animais infetados, durante ou imediatamente após o abate”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As autoridades do Iraque tentam controlar os matadouros que não respeitam os protocolos de higiene, e várias províncias proibiram já a entrada e saída de animais da região e lançaram campanhas de desinfeção dos animais.

“Os procedimentos adotados pelas várias autoridades competentes não estão à altura da tarefa, especialmente no que diz respeito ao abate não regulamentado”, reconheceu, contudo, o porta-voz do Ministério da Saúde, em declarações à agência France-Presse.

“Ainda não chegámos à fase da epidemia, mas as contaminações são mais altas do que no ano anterior”, disse Badr.

De acordo com o Ministério da Saúde iraquiano, as pessoas mais afetadas pela febre hemorrágica são os criadores de gado e os trabalhadores dos matadouros.

O vírus causa a morte em 10 a 40% dos casos de infecção.

Entre seres humanos, a transmissão da doença “pode ocorrer em resultado do contacto direto com sangue, secreções, órgãos ou fluidos corporais de indivíduos infetados”, segundo a OMS.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Portugal tem101 médicos especializados em cuidados a idosos

Portugal conta com 101 médicos geriatras especializados em cuidados a idosos, segundo a Ordem dos Médicos, uma especialidade médica criada no país há dez anos mas cada vez com maior procura devido ao envelhecimento da população.

Mudanças de comportamento nos idosos podem indiciar patologias

Mudanças de comportamento em idosos, como isolar-se ou não querer comer, são sinais a que as famílias devem estar atentas porque podem indiciar patologias cujo desenvolvimento pode ser contrariado, alertam médicos geriatras.

MAIS LIDAS

Share This