A APAH vai a votos no dia 31 de maio e a disputa vai ser a dois, entre a lista A, encabeçada por Xavier Barreto, que tem o apoio do atual presidente, Alexandre Lourenço, e pela Lista B, liderada por Diana Breda, que se apresenta como a lista da renovação.
Diana Breda desenvolveu a sua atividade maioritariamente no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e desde abril de 2020 que é presidente do conselho diretivo do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede.
Sobre as razões que a levaram a querer dirigir a APAH nos próximos três anos, afirmou que a principal razão foi “gostar muito” de ser administradora hospitalar.
“Tenho muito orgulho nesse facto e apesar de ter uma vida pessoal preenchida e uma vida profissional estabilizada, achei que tinha o dever de me candidatar, porque a verdade é que eu e alguns colegas nos sentíamos cada vez menos representados pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares”, declarou.
“A ideia que nos dava é que se perdeu o foco daquilo que deveria ser verdadeiramente a razão de ser da sua existência, que são os administradores hospitalares”, sustentou.
A Lista B avança com o mote “pelo reconhecimento, dignificação e valorização da profissão de Administrador Hospitalar” e, segundo Diana Breda, a candidatura tem cinco vetores estratégicos.
“Desde logo e à cabeça reconhecer a administração hospitalar como uma carreira especial. A APAH é uma associação profissional e como tal, tem que se focar e valorizar os seus associados”, defendeu.
A segunda questão “é continuar a apoiar, capacitar, valorizar os administradores hospitalares, promover a transparência da informação e a informação pelos seus sócios”.
“É muito importante também para nós lutar por um SNS mais forte, mais capacitado e eficiente e fomentar a participação dos sócios que tem vindo de alguma forma a esmorecer em todo este processo”, salientou Diana Breda.
Mas, disse, “a questão das profissões da saúde é provavelmente o principal desafio que nos assola e uma preocupação também grande dos administradores hospitalares”.
Segundo Diana Breda, este assunto tem sido abordado nas muitas reuniões que teve com administradores hospitalares e que questionavam como é que podem “atrair os melhores para o sistema”.
“O administrador hospitalar é essencial e isto na pandemia ficou mais que provado (…) mas a verdade é que a nossa carreira não é revista há 40 anos, há 40 anos que aguardamos por essa revisão”, observou.
Diana Breda lembrou que estes profissionais têm uma formação específica complementar em termos de pós-graduação, o que é uma habilitação para ingressar na carreira, e têm que ser reconhecidos por isso.
“Existem administradores hospitalares que ainda têm contrato público e existem outros que têm contrato individual de trabalho” e para estes últimos não existe qualquer perspetiva de progressão.
“Há pessoas há 20 anos rigorosamente na mesma situação, não têm sequer possibilidade de prestar provas públicas e o que entendemos é que a última direção APAH não tornou isso uma questão”, lamentou Diana Breda.
Sobre a equipa que compõe a lista, Diana Breda disse que “é experiente e diversa a vários níveis”, desde a idade, até em termos do contrato de trabalho e de representação nacional.
“Sentimos que ou avançamos todos agora juntos por um SNS mais forte, mais capaz e mais capacitado ou podemos perder uma oportunidade histórica e os administradores hospitalares estão cá para isso”, rematou.
LUSA/HN
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