O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian também rejeitou as acusações de que a China não terá cooperado totalmente com os investigadores da OMS, que viajaram para o país, no ano passado.
O porta-voz disse que a China está recetiva a uma investigação baseada na ciência, mas que rejeita qualquer manipulação política.
Ele também reiterou os apelos para uma investigação nos “laboratórios [norte-americanos] altamente suspeitos, como Fort Detrick e a Universidade da Carolina do Norte”, onde a China sugeriu, sem evidências, que os Estados Unidos estavam a desenvolver o novo coronavírus, como uma arma biológica.
“A teoria de que o [coronavírus] vazou a partir de um laboratório é uma mentira completa, inventada por forças anti–China, para fins políticos, que não tem nada a ver com a ciência”, apontou Zhao, em conferência de imprensa.
O porta-voz disse que a China fez grandes contribuições para as pesquisas sobre a origem do vírus, compartilhando a maioria dos dados e resultados das suas próprias investigações.
Isto “reflete totalmente a atitude aberta, transparente e responsável da China, bem como o seu apoio ao trabalho da OMS”, disse.
A OMS recomendou, na quinta-feira, uma investigação aprofundada sobre a hipótese de a Covid-19 ter tido origem num acidente de laboratório, um ano depois de ter considerado a possibilidade “extremamente improvável”.
Esta postura denota uma possível revisão da avaliação inicial da agência da ONU sobre as origens da pandemia e ocorre depois de críticos terem acusado a OMS de ter descartado com demasiada rapidez, ou subestimado, a teoria de que o vírus pode ter tido origem no Instituto de Virologia de Wuhan, a cidade no centro da China onde os primeiros casos de Covid-19 foram diagnosticados, em finais de 2019.
O grupo de especialistas da OMS disse faltarem ainda “dados-chave” para apurar como a pandemia de Covid-19 começou.
Os cientistas disseram que “permanecerão abertos a toda e qualquer evidência científica que se torne disponível no futuro para permitir testes abrangentes de todas as hipóteses razoáveis”.
E observaram que, como os acidentes de laboratório no passado provocaram alguns surtos, a teoria do laboratório, que foi altamente politizada, não pode ser descartada.
LUSA/HN
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