“A 20 de junho, a mortalidade específica por Covid-19 registou um valor de 48,6 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, o que revela um abrandamento da tendência crescente, com possível inversão para decrescente”, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) ontem divulgado.
Apesar disso, este valor de 48,6 óbitos é ainda superior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), refere o documento, que avança que a mortalidade por todas as causas encontra-se acima dos valores esperados para a época do ano, em parte associado à mortalidade específica por Covid-19.
Quanto à ocupação hospitalar por casos de infeção pelo SARS-CoV-2, o relatório indica que se registou uma tendência decrescente, com 1.743 internados na segunda-feira, o que representa uma redução de 8% em relação ao mesmo dia da semana anterior.
As unidades de cuidados intensivos estavam com uma ocupação de 33% do limiar definido de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior este indicador estava nos 34,8%, e apresentavam também uma tendência decrescente.
Desde o início da pandemia e até segunda-feira, Portugal registou 5.079.185 casos de infeção por SARS-CoV-2 e, desse total, “303.140 são episódios de suspeitas de reinfeção, o que perfaz 6% do total de casos”, refere o relatório da DGS e do INSA.
De acordo com o documento, a maior percentagem de reinfeções reportada entre 91 e 180 dias ocorreu durante a predominância da linhagem BA.5 da variante Ómicron, que é agora “claramente dominante em Portugal, apresentando uma frequência relativa estimada de 88%”.
“É expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da Covid-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população”, aconselha o relatório.
LUSA/HN
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