No seu blog “Momentos Economicos… E não só”, Pedro Pita Barros dedicou um comentário ao atual cenário dos serviços de urgência nos hospitais do país. Nas últimas semanas várias unidades tiveram de encerrar as urgências devido à falta de médicos.
A comissão de acompanhamento de resposta em urgência de ginecologia, obstetrícia e bloco de partos, criada em resposta à crise nos serviços de urgência, quer avançar com valores fixos para médicos tarefeiros. Aos olhos da comissão existe atualmente nos hospitais um “leilão de preços”.
A proposta de harmonização dos valores pagos aos médicos tarefeiros nos hospitais foi criticada por Pita Barros. O professor da Nova School of Business and Economics alerta que a regulação de preços terá como efeitos “pagar menos às empresas de prestação de serviços” e “ter mais situações de urgências fechadas por falta de capacidade para as manter abertas”.
“Resolver problemas de falta de oferta através de limitação de preços que essa oferta pode receber significa apenas que haverá capacidade / oferta que deixará de estar disponível. Se os preços mais elevados pagos nalguns casos resultaram da necessidade de pagar mais para convencer profissionais de saúde a prestar esse serviço, limitar esse pagamento garante que não haverá essa capacidade”, explica.
O especialista defende, assim, que “a falta de capacidade de oferta tem que ser resolvida através de aumentos de oferta ou de redução da procura”.
HN/Vaishaly Camões
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