“Declaro solenemente a vitória na máxima campanha de emergência anti-epidémica para exterminar o novo coronavírus que tinha feito incursões no nosso território e proteger a vida e saúde do povo”, disse o líder norte-coreano em declarações relatadas pela agência noticiosa KCNA.
Por esta razão, o Governo norte-coreano decidiu reduzir o nível de quarentena de “máxima emergência” para um isolamento mais flexível, de acordo com a agência sul-coreana Yonhap.
“O nosso partido e Governo avaliaram a atual situação de quarentena e (…) chegaram à conclusão de que a virulenta crise epidémica que foi criada no país foi completamente resolvida”, disse Kim no seu discurso ao Comité Central do Partido Comunista.
A declaração de vitória contra a Covid-19 é interpretada como um aparente triunfo contra a Coreia do Sul, uma vez que Pyongyang acusa Seul de ter introduzido o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19, a partir da fronteira entre os dois países.
Kim Yo Jong, irmã mais nova do líder norte-coreano, disse que a crise nacional foi “claramente causada pela loucura anti-republicana de confronto dos inimigos que estão a tentar esmagar o nosso país ao incendiar a crise de saúde global”, informou a Yonhap.
“O facto de a zona próxima da linha da frente ser a fonte inicial do surto fez-nos sentir profundamente preocupados e desconfiados com a Coreia do Sul”, acrescentou durante o discurso ao comité, afirmando que “uma resposta forte” deve ser tomada em retaliação.
“Se o inimigo continuar a fazer coisas perigosas que possam introduzir vírus na nossa república, responderemos erradicando não só o vírus mas também as autoridades sul-coreanas”, acrescentou Kim.
Durante o pico da vaga da Covid-19 no país em maio, foram comunicados até 200 mil casos num único dia.
Desde o final de julho, no entanto, tem havido sucessivamente zero casos, o que levou Pyongyang a facilitar as medidas de isolamento.
LUSA/HN
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