Numa missiva disponibilizada pela Secretaria Regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses lembra ao presidente da administração da TAP que o Serviço Regional de Saúde dos Açores é um “cliente regular da companhia aérea”, devido aos “milhares de açorianos que, por ano, se deslocam ao território continental português por motivos de doença”.
“Na qualidade de responsável do Governo da Região Autónoma dos Açores com a tutela da Saúde, fui confrontado com a circunstância de ter sido recusado o embarque em avião da TAP a doentes com origem na ilha Terceira e destino a Lisboa, com atos médicos agendados e bilhetes adquiridos, por alegada situação de sobrereserva (‘overbooking’)”, escreve o governante.
O secretário regional apela à “superior intervenção” do presidente da companhia para “que não se repitam” aquelas situações.
“Se é evidente a penosidade da doença acrescida à necessidade de deslocação da região de residência para a tratar, torna-se inaceitável que se recuse o embarque de passageiros em tal situação com alegadas ‘razões comerciais’”, lê-se na carta.
Clélio Meneses salienta ainda que a “necessidade de deslocações dos açorianos” por motivos de saúde “tem impactos relevantes na qualidade de vida” dos residentes no arquipélago.
“As obrigações de serviço público a que a TAP está obrigada, com as consequentes ajudas de Estado, para as ligações aéreas entre o território continental português e a Região Autónoma dos Açores adensam a insatisfação que ora se manifesta pelo sucedido”, critica o governante.
LUSA/HN
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