Iniciativa Liberal diz que “SNS está doente e o nome da doença é Partido Socialista”

27 de Agosto 2022

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou que “o SNS está doente e o nome da doença é Partido Socialista”, defendendo que a única cura é uma profunda reforma do sistema que retire “as ideias socialistas do caminho”.

Em declarações à agência Lusa a propósito de um novo cartaz que o partido lançou na quinta-feira no Marquês de Pombal, em Lisboa, João Cotrim Figueiredo explicou que o objetivo da IL é “fazer com que as pessoas não se esqueçam” do estado “absolutamente calamitoso” dos serviços públicos, em particular no setor da saúde.

“O SNS está doente. Do nosso ponto de vista, o nome da doença é Partido Socialista e a cura é uma reforma profunda do sistema de saúde como aquela que a IL defende”, afirmou.

Na opinião do líder liberal, “o PS não sabe gerir a coisa pública e não sabe pôr os serviços públicos a funcionar”.

“E no caso concreto do serviço de saúde é mesmo o causador do problema e, portanto, para curar essa doença grave do SNS só reformando o sistema e tirando as ideias socialistas do caminho”, defendeu.

Questionado sobre quando irá o partido avançar com a sua proposta para reformar o sistema de saúde, João Cotrim Figueiredo realçou que o calendário político sofreu um ajustamento devido às eleições legislativas antecipadas, mas garantiu que a calendarização desta medida vai ser discutida nas jornadas parlamentares do partido, que terão lugar em 19 e 20 de setembro.

“Aí ficaremos a saber em que altura é que faremos a apresentação da reforma global do sistema de saúde porque há outras matérias que poderão ter precedência, mas isso vamos discutir em sede do grupo parlamentar”, remeteu.

Apesar de não esquecer os problemas nos restantes serviços públicos, o deputado da IL sublinhou que no caso em concreto da saúde o país vive “há três meses com relatos sucessivos de problemas gravíssimos no SNS”, sendo que aquele “que mais tem ocupado a comunicação social são os encerramentos das urgências de ginecologia e obstetrícia”.

“O Governo acha que basta atirar dinheiro para cima do problema e tomar medidas mais ou menos fantoche, como a comissão de acompanhamento que todas as administrações hospitalares me dizem que não tem qualquer utilidade e a informação adicional das urgências abertas no portal do SNS que não só é inútil como me parece até prejudicial porque ainda há poucos dias soubemos que houve uma grávida que foi do Seixal para Santarém na convicção de que estaria aberta a urgência de obstetrícia. Não estava e acabou a ter o filho nas Caldas da Rainha”, criticou.

Para além dos problemas nas urgências, segundo o presidente liberal “os assuntos mais estruturais continuam lá” como “as listas de espera infindáveis, os incumprimentos sucessivos dos tempos mágicos de resposta, as demissões um pouco por todo o lado de equipas não só de urgências, mas de outras especialidades e os pedidos de escusa de médicos e de enfermeiros”.

LUSA/HN

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