Covid-19: Incidência com “possível inversão” da tendência decrescente

3 de Setembro 2022

A covid-19 regista uma “possível inversão” da tendência decrescente verificada nas últimas semanas, com o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus a subir em todas as regiões do país, alerta o relatório sobre a evolução da pandemia.

“A epidemia de covid-19 manteve uma incidência elevada, com possível inversão da tendência decrescente observada nas últimas semanas”, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) hoje divulgado.

De acordo com os dados do INSA e da DGS, o Rt apresentou um valor acima de 1 a nível nacional (1,02) e na maioria das regiões, o que indica uma “tendência crescente de novos casos” de infeção pelo SARS-CoV-2.

Este indicador subiu em todas as regiões, com o Norte a passar de 0,98 para 1,08, o Centro de 1,03 para 1,06, Lisboa e Vale do Tejo de 0,91 para 0,96, o Alentejo de 0,82 para 0,93, o Algarve de 0,86 para 0,97, os Açores de 1,17 para 1,26 e a Madeira de 0,93 para 1,07.

Quanto à ocupação hospitalar por casos de covid-19, apresentava uma tendência estável, com 470 casos na segunda-feira, que representavam menos 6% do que no mesmo dia da semana anterior.

O relatório indica ainda que os 36 doentes em cuidados intensivos correspondiam a 14,1% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas nessas unidades dos hospitais de Portugal continental, uma redução de 8%.

Segundo o documento, a mortalidade específica por covid-19 registou o valor de 8,1 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, tendo estabilizado e sendo inferior ao limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).

“A mortalidade por todas as causas na última semana encontra-se dentro dos valores esperados para esta época do ano”, referem a DGS e o INSA.

Entre 03 de março de 2020, quando foram detetados os primeiros casos em Portugal, e a última segunda-feira, foram registados 5.416.729 episódios de infeção, dos quais 356.656 são suspeitas de reinfeção, que perfazem 6,6% do total.

A linhagem BA.5 da variante Ómicron, que tem revelado maior capacidade de transmissão, “continua a ser claramente dominante em Portugal”, sendo agora responsável por 94% das infeções registadas no país, adianta o documento.

Perante estes indicadores, a DGS e o INSA recomendam que seja mantida a vigilância da situação epidemiológica da covid-19, a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população.

LUSA/HN

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