“Fiquem completamente tranquilos: estas vacinas atuais são tão seguras como as anteriores. Toda a base da vacina é exatamente a mesma, tem mais um componente que está adaptado às variantes que estão a circular neste momento e essa é a mais-valia que tem. Em termos de segurança, é excelente e, em termos de eficácia, já tem componentes para as sublinhagens da variante Ómicron que está a circular neste momento”, afirmou.
Em declarações à margem de uma visita ao centro de vacinação covid-19 na freguesia da Ajuda, em Lisboa, Graça Freitas mostrou-se confiante numa adesão crescente das pessoas, depois de um primeiro dia desta nova campanha sazonal com números aquém dos agendamentos efetuados. No entanto, invocou duas razões para os cidadãos não faltarem aos respetivos agendamentos.
“Primeiro, porque quando as pessoas são chamadas é porque é a altura ideal para serem vacinadas e ficarem protegidas; segundo, nós mobilizamos muitos recursos – médicos, enfermeiros, bombeiros e pessoas que ajudam ao processo. Agendamos para um determinado nível de trabalho, ficamos à espera das pessoas e temos de ter em consideração que os recursos em saúde devem ser bem utilizados”, explicou.
Depois de dois anos em que a pandemia foi o foco da sociedade, outros temas mais ligados à economia e a questões sociais parecem concentrar agora as atenções. Graça Freitas não descartou o peso de “outras preocupações”, mas enfatizou que esse facto e uma menor atividade epidemiológica do coronavírus SARS-CoV-2 não devem significar uma menor adesão.
“Queremos que as pessoas adiram a esta vacinação de forma natural. Apesar de estarmos numa fase de aparente acalmia, isso deve-se à vacinação. O vírus continua a circular, nós é que estamos mais protegidos. Se consideramos que em cada outono-inverno é necessário o reforço sazonal, é porque é quando estes vírus têm melhores condições para se propagarem. Temos de continuar a vacinar-nos e fazer isto com toda a naturalidade”, disse Graça Freitas.
Para a diretora-geral da saúde, o recente fim da obrigatoriedade do uso da máscara em transportes públicos e farmácias foi recebido com normalidade, sublinhando que é necessário “perceber cada momento e adequar as medidas”, sem deixar, todavia, de admitir que pode haver a médio prazo novo regresso a medidas mais robustas de proteção.
“Em outra altura, provavelmente, teremos de tomar outras precauções, mas temos de monitorizar o vírus (…), habituando-nos a viver assim. Se formos de facto inteligentes, vamos fazer isso adiantou.
Graça Freitas lançou um apelo ao envolvimento de toda a população na vigilância: “Todos temos de observar a dinâmica do vírus, de preferência, anteciparmo-nos a essa dinâmica e tomar as medidas adequadas em cada momento”.
LUSA/HN
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