“Fico muito satisfeito porque na maioria das instituições foi possível fazer esta combinação e confio muito que onde isso não aconteceu vão ser tomadas medidas para que isso seja corrigido”, afirmou Manuel Pizarro à margem da conferência anual da Plataforma Saúde em Diálogo, que está a decorrer em Lisboa.
Estas declarações surgem depois de o ministro ter acusado na quarta-feira os farmacêuticos de, com a greve, terem provocado a suspensão de tratamentos oncológicos, uma acusação rejeitada pelo sindicato que convocou a paralisação e pela Ordem dos Farmacêuticos.
Questionado hoje pelos jornalistas sobre como explicava que tendo havido greve em todo o país, apenas em Lisboa foi suspenso o início de alguns tratamentos, o governante respondeu: “Eu fico muito contente quando é possível conjugar duas coisas que eu reconheço que no setor da saúde é difícil de conjugar”.
“É difícil conjugar o evidente direito dos profissionais a lutarem por aquilo que entendem ser as suas condições laborais – esse é um direito que todos têm – (…) com a obrigação ética de, com isso, não comprometer o tratamento, sobretudo quando estamos a falar de doenças graves e até assustadoras para as pessoas, como são as doenças oncológicas”, argumentou Manuel Pizarro.
Ressalvou ainda não querer “ser mal interpretado”, mas insistiu que “os farmacêuticos têm (…) um enorme compromisso ético”.
“Se num ou noutro momento isto não correu bem, eu tenho a certeza que vai correr bem nas próximas vezes”, vincou, sublinhando que a sua principal preocupação é “garantir que os doentes são tratados de forma adequada”, disse o ministro.
LUSA/HN
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