Unicef preocupada com crianças sobretudo da Síria

7 de Fevereiro 2023

A Unicef, agência das Nações Unidas dedicada à proteção das crianças, teme que milhares de crianças possam ter morrido nos sismos registados na segunda-feira na Turquia e na Síria, disse esta terça-feira um porta-voz da organização.

Até agora, o maior número de vítimas foi contabilizado na Turquia (mais de 3.400 mortos e 21.000 feridos), mas a forte vulnerabilidade da população afetada na Síria – como consequência de 12 anos de guerra civil – preocupa particularmente a Unicef.

Na Síria, foram registados até agora 1.552 mortos e 3.549 feridos.

“Já havia uma situação de emergência no noroeste da Síria. As comunidades já estavam a lutar contra um surto de cólera e a enfrentar fortes chuvas e neve”, lembrou o porta-voz da Unicef, James Elder, em Genebra.

“Num contexto como este, e com mais de uma década de conflito, este terramoto é insuportável”, acrescentou.

Por isso, a agência vai concentrar os primeiros esforços no fornecimento de água potável e serviços de saneamento às comunidades afetadas na Síria, com o objetivo de prevenir o aparecimento de doenças.

Além disso, vai trabalhar para identificar, o mais rapidamente possível, as crianças que estão sozinhas para as reunir com as suas famílias ou garantir-lhes proteção.

Esta semana, todas as escolas das áreas afetadas da Turquia e da Síria estarão fechadas, mas a Unicef vai ajudar as crianças a voltarem à escola “assim que for seguro”, o que as ajudará a “restaurar algum sentido de normalidade no meio do caos”.

O sismo, registado na segunda-feira e que tem sido seguido de fortes réplicas, já causou a morte de mais de cinco mil pessoas na Turquia e na Síria, deixando também milhares de feridos e outros milhares sem abrigo no frio glacial que se faz sentir na região, mas o número ainda é provisório.

Os abalos, o maior dos quais com magnitude 7,8 na escala de Richter, derrubaram milhares de edifícios no sul da Turquia e no norte da Síria. ​​​​

As equipas de socorro mantêm-se nos locais afetados, com os trabalhos dificultados pelas baixas temperaturas que se registam na região.

LUSA/HN

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