O relatório, elaborado pela OMS em nome do grupo interagências de estimativa da mortalidade materna das Nações Unidas – que integra ainda o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), Banco Mundial e a Divisão de População do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU -, rastreia as mortes maternas à escala nacional, regional e global de 2000 a 2020 e mostra que houve cerca de 287.000 mortes maternas em todo o mundo em 2020.
Moçambique, com 532 óbitos em 2000 e 127 em 2020, registou naquele período uma queda de 76,1%, seguindo-se-lhe nos países de língua oficial portuguesa: Angola (73,9%, de 860 para 222), Timor-Leste (73%, 750-204), Cabo Verde (64,5%, 125-42), Guiné Equatorial (50,9%, 427-212), Guiné-Bissau (46%, 1.300-725) e São Tomé e Príncipe (17,6%, 179-146).
Apenas o Brasil no grupo dos países lusófonos registou um aumento da mortalidade materna (5,4%, 68-72).
A Bielorrússia, com 24 mortes em 2000 e apenas uma em 2020, encabeça com 95% a lista com os dados relativos a 185 países.
A Venezuela registou 92 mortes em 2000 e em 2020 foram referenciados 259 óbitos, pelo que fecha a lista com a pior percentagem de mortalidade materna com 182,8%.
O documento explica que uma morte materna é definida como uma morte devido a complicações relacionadas com a gravidez ou o parto, ocorrendo quando uma mulher está grávida ou nas primeiras seis semanas após o final da gravidez.
LUSA/HN
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