A greve destes trabalhadores, iniciada na segunda-feira, vigora até 21 de abril e no dia 18, juntar-se-ão outros profissionais, à exceção dos médicos. “Os enfermeiros também vão estar, em solidariedade”, afirmou o secretário-geral da FESAP, José Abraão.
“Vários serviços estão a ser afetados, há serviços a funcionar com algumas dificuldades. Pedimos desculpa aos utentes, mas o conselho de administração tem capacidade para resolver o problema dos trabalhadores e, se não o fizer, então o Governo que resolva”, declarou.
Os trabalhadores reclamam a aplicação do contrato coletivo de trabalho, à semelhança do que fizeram outros hospitais, e uma compensação de 52 euros, além do aumento salarial que receberam, também de 52 euros, segundo a mesma fonte.
“A resposta da administração depois de entregarmos o pré-aviso de greve foi adiar a solução por mais 90 dias. Vamos no quarto mês, os trabalhadores já podiam de ter o dinheiro no bolso”, acrescentou o dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública e Entidades com Fins Públicos (FESAP).
Segundo o mesmo responsável, estão a ser assegurados serviços mínimos, embora esteja a passar a ideia de que os serviços mínimos “estão a ser serviços máximos”.
Além da greve total, a FESAP avançou também com um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário entre 05 de abril e 05 de maio no hospital que serve os concelhos de Amadora e de Sintra.
Segundo os dois pré-avisos de greve, são abrangidos os trabalhadores que prestam funções administrativas no Hospital Fernando Fonseca (HFF), “independentemente da natureza do vínculo, cargo, função ou setor de atividade, vinculados em regime de emprego público ou em regime laboral comum”.
Em declarações à Lusa quando da entrega do pré-aviso, José Abraão lembrou o acordo celebrado com o Governo para garantir 52 euros de aumento para os trabalhadores da administração pública e em concreto das carreiras gerais, nomeadamente assistentes técnicos, assistentes operacionais, técnicos superiores, mas também uma valorização nas carreiras gerais de mais 52 euros, o que daria 104 euros.
Segundo o dirigente sindical, o HFF pagou apenas os 52 euros, “depois de ter prometido que iria analisar a possibilidade de adesão ao acordo”, remetendo o problema para o Ministério da Saúde.
José Abraão adiantou que estão nesta situação mais de 1.000 trabalhadores das carreiras gerais, “os parentes pobres da administração pública e neste caso parentes pobres da saúde”, entre assistentes técnicos, assistentes operacionais e técnicos superiores, mas também os técnicos superiores de diagnóstico.
As greves têm como objetivo exigir a aplicação do decreto-lei que aprova medidas de valorização dos trabalhadores em funções públicas e a aplicação dos acordos coletivos de trabalho para os trabalhadores com contrato individual de trabalho.
LUSA/HN
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