“Não se desliga um interruptor para se passar automaticamente a uma situação endémica”, sublinhou o diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, assinalando que “muitas vezes os vírus respiratórios, como o da gripe, não passam por uma fase endémica”.
Segundo Mike Ryan, que falava na conferência de imprensa regular da OMS, os vírus respiratórios, em que se incluem também o SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, passam de pandémicos a “níveis muito baixos de atividade, com surtos potencialmente sazonais ou surtos que ocorrem anualmente ou semestralmente”.
Neste contexto, a OMS espera que a covid-19 transite de uma fase pandémica para “uma fase de baixa incidência, com potenciais picos” em determinadas épocas do ano, em particular quando faz mais frio.
A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.
A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.
O Comité de Emergência da OMS para a covid-19 deverá no início de maio voltar a pronunciar-se sobre se mantém ou não o alerta máximo.
Uma doença é endémica quando está presente numa determinada área (a malária, por exemplo, é uma doença infecciosa endémica em algumas regiões de África).
LUSA/HN
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