“É inadmissível que, de norte a sul do país, se continuem a verificar situações como a do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real, Chaves e Lamego) ou do Centro Hospital do Oeste (Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche), que estão sem direção clínica há meses, ou da Unidade Saúde Local do Norte Alentejana, que nunca teve direção clínica da área dos cuidados de saúde primários, entre vários outros casos”, afirma, em comunicado, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes.
O bastonário considera que são “situações fortemente penalizadoras para os hospitais, para os médicos e para os doentes, na medida em que a ausência de uma estrutura clínica hierarquizada condiciona e fragiliza o seu funcionamento diário, a atividade médica e os cuidados de saúde prestados aos doentes”.
Para Carlos Cortes, “não é admissível um hospital desenvolver a sua atividade sem um diretor clínico nomeado no seu conselho de administração”, frisando que “é uma obrigação legal e é, sobretudo, um fator de estabilidade e segurança clínica para a instituição”.
Nesse sentido, o bastonário dos médicos apela ao Ministério da Saúde que resolva estas situações com celeridade.
“Não é aceitável que uma unidade de saúde funcione durante meses sem um diretor clínico. É por isso absolutamente vital que a tutela cumpra a lei e nomeie com urgência as direções clínicas em falta, por forma a garantir o cumprimento da missão das instituições na prestação de cuidados de saúde aos utentes e da organização do trabalho médico e técnico”, defende Carlos Cortes.
LUSA/HN
0 Comments