“Foi possível preencher 13 postos de trabalho, oito dos quais preenchidos enquanto vagas em especialidades carenciadas [que têm incentivo pecuniário e não pecuniário]”, referiu uma resposta escrita do CHL.
Segundo o CHL, as vagas ocupadas foram de anestesiologia, cirurgia geral, dermatovenereologia, medicina interna (duas), oncologia médica, ortopedia e pediatria, todas estas consideradas carenciadas. Acrescem as vagas de gastrenterologia, oftalmologia, pneumologia e psiquiatria (duas).
Em 28 de abril, o CHL anunciou que uma “deliberação conjunta da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e da Administração Central do Sistema de Saúde” atribuiu 45 vagas para médicos recém-especialistas ao Centro Hospitalar de Leiria.
“A contratação abrange os médicos que concluíram com aproveitamento a formação especializada na época normal de 2023, ‘naquelas especialidades em que os médicos especialistas a recrutar correspondam a necessidades permanentes para assegurar o normal funcionamento dos serviços de urgência’”, adiantou o CHL, citando o documento oficial.
Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho, congratulou-se com a antecipação deste processo que, por norma, decorre entre os meses de junho e julho, esperando que a taxa de ocupação das vagas fosse o mais próximo possível dos 100%, para poder aumentar os recursos médicos e colmatar algumas necessidades que se têm sentido na prestação de cuidados de saúde.
Na resposta escrita agora enviada à Lusa, o CHL considerou que a principal dificuldade dos lugares que não foram preenchidos “prende-se com o facto de abrirem mais vagas do que candidatos, o que leva a que, inevitavelmente, os médicos optem por ficar ou por fixar-se em hospitais mais convenientes, do seu ponto de vista, onde geralmente obtiveram as suas habilitações académicas e profissionais, onde residem e têm a sua estrutura familiar, o que nem sempre coincide com Leiria”.
Questionado sobre as especialidades mais necessárias neste momento, o CHL explicou que, “em função das necessidades em saúde da população servida e da resposta assistencial que é necessário assegurar, muitas vezes em contexto de urgência, conjugada com a carência de profissionais médicos que se verificam nas áreas em referência”, foram identificadas especialidades “como sendo de particular sensibilidade”, a saber: cirurgia geral, dermatovenereologia, endocrinologia, ginecologia/obstetrícia, medicina interna, neurologia, oncologia médica, ortopedia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria, radiologia e urologia.
O CHL integra os hospitais de Santo André, em Leiria, de Pombal e Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça.
Segundo o seu sítio na Internet, o CHL tem como “área de influência a correspondente aos concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Nazaré, Pombal, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Ourém e parte dos concelhos de Alcobaça e Soure, servindo uma população de cerca de 400.000 habitantes”.
NR/HN/Lusa
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