Chega questiona Ministério da Saúde sobre exoneração do diretor de obstetrícia do Santa Maria

20 de Junho 2023

O presidente do Chega, André Ventura, questionou hoje o Governo sobre a exoneração do diretor de Obstetrícia e Ginecologia do hospital de Santa Maria, Diogo Ayres de Campos, acusando o Governo de querer calar os críticos

Em conferência de imprensa na sede do partido, André Ventura, considerou que o diretor de Obstetrícia e Ginecologia do Santa Maria foi exonerado das suas funções “por ter questionado o processo de reestruturação do hospital” e anunciou que pediu esclarecimentos ao ministério da Saúde sobre este processo.

“À mínima crítica, questão ou questionamento técnico, os responsáveis são afastados, exonerados, calados e censurados. Questionamos há poucos minutos o Ministério da Saúde e o hospital sobre esta exoneração, pedindo mais informação para que o parlamento a tenha disponível e possa escrutiná-la”, disse.

Ventura considerou “um sinal preocupante” que “alguém que questione um processo de reestruturação mal feito, mal planeado, possa ser imediatamente exonerado”.

Segundo uma nota do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) divulgada segunda-feira, a direção do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução tem vindo assumir posições que, “de forma reiterada, têm colocado em causa o projeto de obra e o processo colaborativo com o Hospital São Francisco Xavier, durante as obras da nova maternidade do HSM [Hospital Santa Maria]”.

Nesta conferência de imprensa, o presidente do Chega abordou igualmente o tema da comissão de inquérito à TAP e defendeu que deve ter consequências, reiterando o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que classificou como um “peso morto”, e a mudança do administrador financeiro, Gonçalo Pires.

André Ventura defendeu também que “o Governo precisa de uma remodelação” e sugeriu a saída do ministro das Finanças, Fernando Medina, e do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes.

Para Ventura “o mérito” deste inquérito parlamentar “foi perceber o grau de informalidade, de promiscuidade, de sujidade e de abandalhamento em que vivem as empresas públicas portuguesas na troca de favores entre o Estado político e o Estado técnico ou administrativo”.

NR/HN/Lusa

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