Mais da 50% dos médicos hospitalares franceses aderiram à greve

4 de Julho 2023

Mais de 50% dos médicos hospitalares em França declararam-se em greve, segundo vários sindicatos na origem deste movimento social, que pediram para ser recebidos pelo Presidente francês Emmanuel Macron para negociar aumentos salariais.

“Estamos entre 50% e 100% de participação na greve”, disse em conferência de imprensa o internista Jean-François Cibien, presidente do Hospital Intersindical Action Practitioners (APH), responsável pela convocação deste dia de ações.

Dando como exemplos citou uma taxa de 80% de participação na greve em La Rochelle e de 65% em Annecy.

Como é habitual, a greve não interrompeu a atividade dos hospitais, mas a anestesiologista Anne Wernet disse que, “na memória sindicalista, nunca vimos tanta gente mobilizar-se”.

Sintoma da “situação degradada” de um “hospital em vias de esvaziamento da oferta de cuidados”, sublinhou o psiquiatra Emmanuel Loeb, recordando os 30% de postos de trabalho por preencher, ocupados maioritariamente por trabalhadores temporários, internos ou médicos estrangeiros.

As reivindicações incidem sobretudo sobre os vigilantes noturnos, que o ministro da Saúde, François Braun, no entanto aumentou em 50% à sua chegada em julho de 2022 – a compensação já ultrapassa os 400 euros brutos por 12 horas de serviço.

Mas a medida só foi prorrogada até o final de agosto e as negociações estão paradas, aguardando arbitragem do governo.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

SNS: Erros do Passado, Desafios do Futuro

Sérgio Bruno dos Santos Sousa
Mestre em Saúde Pública
Enfermeiro Especialista de Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública na ULSM
Gestor Local do Programa de Saúde Escolar na ULSM

Nomeados por Trump representam perigo para Saúde e Segurança

Se forem confirmados pelo Senado, vários dos nomeados pelo presidente eleito Donald Trump para o seu governo representam perigos para a Saúde e Segurança dos Estados Unidos, devido à falta de formação, experiência e promessas alarmantes, disseram à Lusa analistas políticos. 

MAIS LIDAS

Share This