Madeira: ADN quer eleger um grupo parlamentar a 24 de setembro

29 de Julho 2023

A ADN – Alternativa Democrática Nacional aposta no gerente hoteleiro Miguel Pita para tentar eleger um grupo parlamentar para Assembleia Legislativa da Madeira nas eleições regionais que se realizam a 24 de setembro.

“O objetivo é eleger pelo menos dois deputados, um grupo parlamentar”, disse o cabeça-de-lista, destacando que o ADN se recusa a “ir coligado”, garantindo à agência Lusa que “nem haverá acordos pós-eleitorais com ninguém em circunstância alguma”.

A apresentação oficial da candidatura decorreu hoje no Funchal e contou com a presença do líder nacional do partido, Bruno Fialho, e de representantes do movimento Voz que apoiam este projeto.

Com 50 anos e 31 de experiência no setor hoteleiro, Miguel Pita surgiu para a vida política na sequência da pandemia da covid-19, por discordar das “medidas rígidas” adotadas pelo Governo Regional no combate à doença.

Falando sobre o programa eleitoral desta candidatura, o presidente do ADN, Bruno Fialho, destacou a exigência de converter os atuais limites obrigatórios de vento nas operações aéreas no Aeroporto da Madeira em valores recomendáveis, defendendo que a decisão das operações de aterragem e descolagem deve ser da responsabilidade do comandante.

“Tal como esteve durante anos e não da vontade de burocratas sentados a uma secretária em Lisboa, pois só assim salvaguardamos e defendemos a Região Autónoma da Madeira”, defendeu.

Bruno Fialho acrescentou existirem “aeroportos tão ou mais difíceis de aterrar do que na Madeira, nomeadamente Las Palmas, Gibraltar ou Innsbruck, e que nenhum deles tem limites de vento obrigatórios”, considerando “ridículo estabelecer um limite obrigatório para vários tipos de aviões, sejam eles a hélice ou a jatos, ou um A319 ou Boeing 747”.

O líder do ADN desafiou “os políticos ou burocratas do continente a referirem qual o estudo – porque ele não existe – que foi feito para determinar que os limites de ventos atuais têm de ser obrigatórios”.

Por seu turno, o candidato criticou a “ditadura” vivida durante os dois anos da pandemia, realçando que um dos seus objetivos é “impedir que os madeirenses e porto-santenses sejam novamente prejudicados com leis, medidas e restrições inconstitucionais” que afetaram as relações pessoais, familiares e a economia, devido às “decisões dos políticos do regime que se subjugaram aos interesses dos grandes laboratórios e farmacêuticas globalistas”.

Miguel Pita defendeu, em caso de ser eleito, lutar “contra a possibilidade de serem aprovadas quaisquer alterações ou revisões constitucionais que imponham o confinamento ou internamento de pessoas, por razões de saúde pública, sem uma decisão judicial prévia”, entre outras medidas.

“Os madeirenses e porto-santenses estão fartos das mentiras do Governo Regional que deixou de lutar pela nossa autonomia”, afirmou o cabeça-de-lista, apontando a necessidade de uma ligação marítima de mercadorias e passageiros entre a Madeira e o território continental, entre os meses de julho e setembro, para assegurar o princípio da continuidade territorial.

Também alertou para “os problemas de segurança que existem neste momento na Madeira e que serão agravados pela nova lei da droga, votada no passado dia 19 de julho na Assembleia da República, bem como para os problemas do foro mental que a pandemia trouxe à região e que agora passaram a ser algo normal de se ver”.

Nas eleições regionais de 22 de setembro de 2019, o PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, elegendo 21 deputados num total de 47, com cerca de 40% dos votos, e formou um Governo de coligação com o CDS-PP.

Nesse ato eleitoral, num círculo único, concorreram 16 partidos e uma coligação que disputaram os 47 lugares no parlamento madeirense: PSD, PS, CDS-PP, JPP, BE, Chega, IL, PAN, PDR, PTP, PNR, Aliança, Partido da Terra – MPT, PCTP/MRPP, PURP, RIR e CDU (PCP/PEV).

O ADN é uma força partidária que resulta da alteração da designação do PDR, uma decisão que foi validada pelo Tribunal Constitucional em setembro de 2021.

LUSA/HN

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