Segundo o comunicado enviado ao início da noite de hoje, o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) refere que foram identificados mais 12 casos, desde a última atualização, subindo o número para 51 pessoas, que tiveram sintomas compatíveis com toxinfeção alimentar que afetou algumas famílias nos últimos dias.
Segundo a Saúde Pública da ARSC, dos 51 casos reportados, 24 (mais 6) recorreram a cuidados hospitalares, “encontrando-se um internado e os restantes com reversão do quadro clínico e alta”.
“O denominador alimentar comum a todos os doentes continua a ser a broa, sem prejuízo de virem a ser identificados outros alimentos suspeitos, estando em curso a análise laboratorial de amostras clínicas e alimentares”, refere a mesma nota.
A ARSC acrescenta que “prossegue a realização de vistorias aos locais de confeção, distribuição e venda dos alimentos, sendo retirados do mercado os produtos sinalizados”.
“Os serviços de Saúde Pública locais e regionais do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, em colaboração com as unidades hospitalares, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, mantêm-se a acompanhar a situação, da qual continuarão a dar nota pública”, informa ainda a ARSC.
Em comunicado enviado, no sábado à noite, à agência Lusa, o Departamento de Saúde Pública da ARSC explicou que os casos foram detetados em pessoas com idades compreendidas entre os 30 e os 77 anos.
A situação levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que “compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares”.
No âmbito dessa investigação, que envolveu também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram recolhidas “amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial” e foram “sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes”.
Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada “foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular”.
Registaram-se ainda 12 casos com sintomatologia ligeira que não recorreram aos serviços de saúde e “foram identificadas sete famílias afetadas”.
LUSA/HN
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