Para o secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), a sessão “A TeleSaúde como promotor de acesso a cuidados de saúde na CPLP”, que juntou Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e Brasil, “foi de excelência”. Foi um momento, no Congresso Mundial dos Hospitais da Federação Internacional dos Hospitais, onde só se falou português, “uma língua de afetos, mas uma língua também, naturalmente, com conteúdo económico relevante à escala global”.
Lisboa recebeu o Congresso Mundial dos Hospitais esta semana. Da mesa dedicada à telessaúde na CPLP, em conversa com o HealthNews Vítor Ramalho destacou o “conhecimento” e a “profundidade” de “todos os participantes na abordagem do tema”. “Fiquei muito impressionado”, disse. O tema era “a importância que assume a telemedicina, ou seja, a utilização de meios digitais, ao alcance de consultas, de, inclusivamente, diagnósticos, que facilitam enormemente a proximidade, superam carências que podem existir em algumas instituições hospitalares de alguns países”, recordou. “Até em Portugal essa forma de utilização da telemedicina começa a ser corrente. E começa a ser corrente pela eficácia da mesma, pela desburocratização de meios e pelos resultados que tem alcançado. Eu fiquei impressionado por essa razão também”, completou.
“Relativamente às condicionantes que hoje em dia, de facto, temos, resultado mais direto da pandemia e do que ela representou em termos de paralisação muito significativa da mobilidade das pessoas, particularmente sentida em alguns países – desde logo, em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, porque são países insulares, muito dependentes do exterior, e com as condicionantes que a própria aviação teve de não poder, durante um período prolongado, fazer voos para estes países ou destes países para o exterior, é de uma enorme limitação”, continuou.
“Seja como for, o Serviço Nacional de Saúde, que foi montado em Portugal em 1979, (…) teve uma enorme importância na resposta pública às solicitações dos cidadãos em geral, do ponto de vista preventivo e curativo. A experiência demonstra que essa compatibilização do Serviço Nacional de Saúde com instituições privadas é o caminho a explorar”, referiu o ex-secretário de Estado do Trabalho.
Um congresso com a colaboração “quer da parte pública quer da parte privada em Portugal”, em que também “ficamos a conhecer a experiência dos vários países”, “seguramente dará soluções contributivas para que o sistema melhore, num quadro de um sistema nacional de saúde que integre o setor público e o setor privado, hoje indispensáveis e complementares”.
HN/RA
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