A exemplo de anos anteriores, o Peditório Nacional da LPCC vai decorrer até domingo em locais públicos como áreas comerciais, igrejas, cemitérios, e também nas principais ruas e avenidas das cidades do país.
“Este peditório tem como objetivo principal a angariação de fundos para que a linha possa levar para a frente a sua missão de apoio ao doente oncológico, entre outras missões que temos”, disse à agência Lusa Sofia Cabrita, da direção nacional da LPCC.
Sofia Cabrita disse que o peditório deverá envolver cerca de 22 mil voluntários que estarão espalhados por todo o país devidamente identificados com um colete vermelho e com um cartão de identificação.
A responsável destacou a importância desta angariação de fundos numa altura em que aumentam os pedidos de apoio na sequência da crise social que o país atravessa devido à inflação, mas também porque estão a aparecer casos de doença detetados mais tardiamente devido à pandemia, período em que foram feitos “menos consultas e menos exames”.
“O peditório nacional é a nossa grande fonte de angariação de fundos conjuntamente com a consignação de IRS, que no fundo é uma outra campanha que nós temos, porque a Liga não tem outros apoios do Estado, nem de outras entidades”, disse Sofia Cabrita.
Em 2022, 20.408 voluntários angariaram cerca de dois milhões de euros no Peditório Nacional que vieram a converter-se em 11.988 consultas e no acompanhamento de 1.810 doentes, no âmbito do programa de consultas de psico-oncologia.
Segundo a LPCC, o montante angariado nesta iniciativa permitiu ainda a realização de 8.931 consultas de diagnóstico precoce de cancro de pele e de lesões da cavidade oral, bem como o seguimento de 4.804 doentes em centros de dia e o acolhimento de mais de uma centena e meia em lares da LPCC.
Este ano, mais uma vez, Cristiano Ronaldo associa-se à iniciativa, apelando aos portugueses para que se juntem a esta causa porque “ninguém consegue fazer tudo sozinho”.
As doenças oncológicas continuam a registar uma alta incidência em Portugal, em número de novos casos, com cerca de 60.000 novos diagnósticos a cada ano, constituindo-se como uma das principais causas de morbilidade, incapacidade e mortalidade no país, com profundo impacto nos doentes, nas famílias e na sociedade.
LUSA/HN
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