“Nós, em saúde pública, estamos sempre em modo de preparação e, portanto, estamos a ver com algum cuidado esta situação e a acompanhar, e, se for necessário, a implementação de medidas que sejam medidas do foro de saúde pública”, afirmou Rita Sá Machado aos jornalistas, em Pombal (Leiria), à margem da apresentação do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou-se na quinta-feira preocupada com o aumento das infeções respiratórias e o aparecimento de surtos de pneumonia em crianças na China e pediu ao país informações detalhadas sobre estes casos.
Num comunicado divulgado na quarta-feira à noite, a OMS recorda que, numa conferência de imprensa no passado dia 13 de novembro, as autoridades chinesas da Comissão Nacional de Saúde relataram um aumento na incidência de doenças respiratórias na China.
Na altura, as autoridades chinesas atribuíram este aumento ao levantamento das restrições relativas à pandemia de covid-19 e à circulação de agentes patogénicos conhecidos, como o da gripe, o ‘mycoplasma pneumoniae’ (uma infeção bacteriana comum que normalmente afeta crianças mais novas), o vírus sincicial respiratório (RSV) e o SARS-CoV-2, que causa a covid-19.
A diretora-geral da Saúde explicou que a OMS fez no dia 22 uma declaração que “mostrava um aumento daquilo que eram as infeções respiratórias e os casos de pneumonia em criança”.
Rita Sá Machado referiu que as autoridades chinesas responderam à OMS que, “para já, as infeções respiratórias que estavam a ocorrer eram infeções que eles consideravam de padrão normal”.
“Contudo, a Organização Mundial de Saúde, que aqui é o nosso parceiro fundamental – nós não nos articulamos diretamente com as autoridades chinesas, mas com a Organização Mundial de Saúde em questão de comunicador único – e aqui eles continuam a aguardar mais informação”, declarou.
A diretora-geral da Saúde disse que nos próximos dias aguarda “mais informação, quer seja daquilo que são os casos clínicos, quer seja da investigação epidemiológica, mas que, para já, as autoridades de saúde chinesas indicam que é aquilo que eles estão, habitualmente, a encontrar naquilo que são infeções respiratórias agudas”.
LUSA/HN
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