Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Comissão Política Distrital de Évora do PSD revelou ter pedido uma audiência, para esta quinta-feira, ao Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
O pedido deve-se “aos constrangimentos reiterados que se verificam no funcionamento” desta unidade hospitalar, “em particular a continuação dos constrangimentos no Serviço de Urgência Pediátrica e no Serviço de Medicina Interna”, lê-se no comunicado.
A delegação social-democrata, liderada pelo presidente da comissão política distrital, Francisco Figueira, e integrada por diversos autarcas do Alentejo eleitos pelo partido pretende ser recebida no HESE às 15:00 de quinta-feira.
“São públicas as limitações que, há mais de um mês, ocorrem no funcionamento do Serviço de Urgência Pediátrica e no Serviço de Urgência Polivalente, e em particular nos Serviços de Medicina Interna e Cirurgia Geral do HESE, havendo diversos períodos de encerramento total de qualquer desses serviços”, realçou o PSD.
Com a reunião, os sociais-democratas pretendem exigir “as medidas de investimento e gestão que se impõem para pôr fim aos graves constrangimentos que se verificam no funcionamento dos diversos serviços do Hospital do Espírito Santo, repondo o seu normal e regular funcionamento”.
Os constrangimentos nesta unidade hospitalar motivaram também uma pergunta ao Governo por parte do PCP, assinada pelo deputado João Dias, eleito pelo círculo de Beja.
Na pergunta, enviada à Lusa, o PCP notou ser “do conhecimento público que, em diversos períodos, as escalas de serviço nas urgências” do HESE “não estão a ser asseguradas”.
“Esta situação resulta da falta de medidas por parte do Governo no sentido de criar as condições para resolver as carreiras médicas, o que leva muitos profissionais a saírem do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e origina que os mais novos não sintam nenhuma atração para integrarem o SNS”, pode ler-se.
A juntar a isto, “a falta de profissionais nos cuidados primários de Saúde, em todos o distrito de Évora, leva a que muito utentes sobrecarreguem os diversos serviços de urgência hospitalar e aumenta as despesas das famílias”, segundo o PCP.
Por isso, na pergunta dirigida ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o deputado João Dias solicitou esclarecimentos sobre quais as medidas do Governo “para a resolução deste grave problema nas urgências” do HESE.
O PCP também quer saber que medidas está o Governo a tomar para colocar “mais médicos nos cuidados primários de saúde, para que diminua a sobrecarga nas urgências hospitalares” e “para que os utentes do SNS não sejam prejudicados”.
Em comunicados publicados na sua página oficial na Internet, o HESE divulgou que, desde hoje e até domingo, os serviços de Urgência Pediátrica e de Urgência Polivalente, neste caso as escalas de Medicina Interna, mantêm “ constrangimentos diários”.
A urgência pediátrica vai mesmo estar encerrada durante todo o dia de sábado e até às 14:00 de domingo. Fora isso, até final do ano, vai funcionar apenas para doentes referenciados pelo CODU/INEM, Linha Saúde 24 ou outros médicos, com constrangimentos similares aos da medicina interna.
LUSA/HN
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