Numa nota de imprensa, o presidente Nuno Duarte indica os pressupostos em que assenta o “modelo de urgência referenciada”, patente no “plano de emergência para salvar a urgência pediátrica” que apresentou ao Governo.
“Ampliar essa capacidade de resposta até às 23:00 e aos sábados e domingos, orientando os doentes referenciados pelo SNS 24 menos graves para o SUB [Serviço de Urgência Básica] de Tondela, o SUB de São Pedro do Sul e um novo ponto de reforço ao atendimento na cidade de Viseu”, é um dos pressupostos.
Trata-se, assim, de “fomentar a capacidade de resposta em rede da ULSVDL, encaminhando as situações menos graves para cuidados em proximidade ao nível dos cuidados de saúde primários dentro dos horários normais de funcionamento das unidades funcionais”.
O plano prevê “preservar a capacidade de resposta da urgência pediátrica para todas as situações referenciadas, mais urgentes ou emergentes, onde se concentra a capacidade técnica mais diferenciada de uma equipa multiprofissional com pediatras”.
O plano apresentado, refere Nuno Duarte, tal como prometido em reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, também prevê “manter a capacidade de apoio em Neonatologia para o regular funcionamento do Bloco de Partos”.
A administração lembra que “a rotura assistencial” da urgência pediátrica se deve a “uma dramática falta de recursos humanos médicos” que fez ativar, em março, o plano de contingência e, com isso, o encerramento do serviço noturno, de sexta-feira a domingo e, a partir de 01 de junho, o encerramento será todas as noites da semana.
Apesar de depositar “esperança no novo modelo de urgência pediátrica” para “normalizar” o seu funcionamento, Nuno Duarte assume que, essa solução “não será imediata, pelo que se manterão condicionamentos no mês de junho”.
Do plano, cuja implementação “carece de consensualização” e de “um tempo de operacionalização” entre as várias equipas envolvidas, faz também parte “regular a utilização da urgência pediátrica”.
Segundo refere, “75% dos inscritos [na urgência] recorre por autorreferenciação sem qualquer contacto com o SNS 24, INEM ou médico de família e 60% dos casos são classificados como não urgentes, segundo a triagem de Manchester Verde e Azul”.
Outro dos pontos indicados passa por “promover o envolvimento da sociedade na criação de soluções, baseadas no respeito pelos circuitos de acesso e enformadas por literacia em saúde, respeitando a triagem SNS 24 e a linha de emergência 112”.
LUSA/HN
0 Comments