Montenegro promete pôr “contador a zero” nas listas de espera de doenças oncológicas

31 de Maio 2024

O primeiro-ministro disse hoje que o Governo quer pôr “o contador a zero” nos tempos de espera das doenças oncológicas e defendeu que ter um Governo “que decide” é melhor forma de “acabar com extremismos e populismos”.

Num comício da AD para as europeias, em Santa Maria da Feira, Luís Montenegro fez um balanço das primeiras medidas do executivo PSD/CDS que lidera desde o dia 02 de abril.

“Temos um Governo que cumpre os compromissos, parece pouco, mas cumprir o que se promete é a melhor maneira de recuperar e restabelecer a relação de confiança com os eleitores e de acabar com extremismos e populismos e com aqueles que se aproveitam da frustração acumulada dos eleitores para poder espicaçar o que é mais imediatista na reação das pessoas”, afirmou.

Montenegro admitiu que até se pode dizer que o Governo “decide mal ou toma decisões que não correspondem ao que algumas pessoas queriam, mas não podem dizer que não cumpre promessas”.

O líder do PSD recordou que o Governo apresentou esta semana o plano de emergência para a saúde e prometeu “fazer mais” nessa área.

“Dentro da recuperação das listas de espera, nós vamos levar o contador a zero no caso das doenças oncológicas. Todos sabemos que, se há área onde não podemos pactuar com atrasos, se há área onde o tempo máximo de resposta jamais deveria ser atingido, é a oncologia”, afirmou.

O primeiro-ministro deu ainda como exemplo a decisão sobre a localização do futuro aeroporto em Alcochete para ilustrar que o Governo “está a decidir o que é estratégico”.

“Não sou eu como primeiro-ministro que tenciono inaugurar o aeroporto Luís de Camões. Enfim… vai ser assim mais ou menos no limite, daqui a dez anos”, gracejou.

Na sua intervenção, Montenegro apelou à participação nas próximas europeias, voltando a lembrar que se pode votar já no próximo domingo ou, no dia 09, em qualquer mesa de voto sem inscrição prévia, salientando o que está em causa nesse sufrágio.

“Voltamos ao inicio do espírito europeu. A Europa é um projeto de bem-estar e prosperidade, mas é sobretudo um projeto de democracia”, disse, defendendo que Portugal é um país médio da União Europeia, mas tem sido sempre “líder nas grandes causas”, como a defesa da Ucrânia.

Pouco antes do comício, quando percorreu uma rua de Santa Maria da Feira ao lado do cabeça de lista às europeias foi questionado sobre as críticas feitas à participação de Ursula Von der Leyen na campanha da AD, no próximo dia 06.

O líder do PSD considerou que esta presença pode ser uma forma de mostrar aos portugueses que “o voto na família política da atual presidente da Comissão Europeia é um voto seguro” para acautelar o futuro.

“Nós temos em Bruxelas, à frente da Comissão Europeia hoje, e a nossa expectativa é que possa continuar nos próximos cinco anos, alguém com uma visão muito real, próxima, daquilo que hoje é a Europa, dos seus grandes desafios e do papel da Europa no mundo”, frisou.

Nesse âmbito, disse que a AD apenas está concentrada “numa aproximação aos portugueses e portuguesas”, desvalorizando as críticas a uma possível aproximação à extrema-direita.

Neste comício, que fechou o quinto dia oficial de campanha, marcou presença o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida e deputados do PSD e do CDS-PP como Salvador Malheiro, Paula Cardoso ou João Almeida.

LUSA/HN

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