“O Ministério da Saúde, insisto, não recorreu através da Secretaria Geral, que é a entidade que faz compras para o gabinete dos membros do Governo, a essas aquisições. Isso eu posso garantir”, disse.
Questionada pelos jornalistas sobre o período em que Manuel Pizarro esteve em funções, a antiga ministra da Saúde evidenciou que só pode falar do período em que esteve à frente do ministério.
“Só posso falar, acho que sempre fui correta em relação a isso, daquilo que é o meu conhecimento. E daquilo que é o meu conhecimento, o Ministério da Saúde não recorreu a terceiros para a contratação de definição de estratégias, mas não posso ir para além disso”, indicou, reafirmando que tal não quer dizer que entidades do perímetro do Ministério da Saúde não o tenham feito.
De acordo com Marta Temido, a contratação de consultores externos deve ser regulamentada e transparente, servindo apenas para reforçar a capacidade do Estado, que “muitas vezes está fragilizado”.
“Depois, quando ele é transportado para o seio de ministérios, quando faz a intervenção ao nível das linhas de políticas públicas isso pode ter maiores riscos. Mais que não seja se não for totalmente transparente, porque os portugueses quando votam é em partidos: não votam em empresas para gestão”, concluiu.
O Governo PSD/CDS-PP admitiu no sábado ter contratado uma consultora privada para “organizar e estruturar” o trabalho da ‘task force’ responsável pelo Plano de Emergência da Saúde, sublinhando que a empresa tem trabalhado com o “universo Ministério da Saúde” nos “últimos anos”.
LUSA/HN
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