Marta Temido só garante o não recurso a consultoras privadas enquanto foi ministra

3 de Junho 2024

A cabeça de lista do PS às europeias, Marta Temido, voltou hoje a garantir que o Ministério da Saúde não realizou qualquer contratação de consultoras privadas enquanto tutelou o setor, mas não estendeu essa garantia ao período do seu sucessor.

“O Ministério da Saúde, insisto, não recorreu através da Secretaria Geral, que é a entidade que faz compras para o gabinete dos membros do Governo, a essas aquisições. Isso eu posso garantir”, disse.

Questionada pelos jornalistas sobre o período em que Manuel Pizarro esteve em funções, a antiga ministra da Saúde evidenciou que só pode falar do período em que esteve à frente do ministério.

“Só posso falar, acho que sempre fui correta em relação a isso, daquilo que é o meu conhecimento. E daquilo que é o meu conhecimento, o Ministério da Saúde não recorreu a terceiros para a contratação de definição de estratégias, mas não posso ir para além disso”, indicou, reafirmando que tal não quer dizer que entidades do perímetro do Ministério da Saúde não o tenham feito.

De acordo com Marta Temido, a contratação de consultores externos deve ser regulamentada e transparente, servindo apenas para reforçar a capacidade do Estado, que “muitas vezes está fragilizado”.

“Depois, quando ele é transportado para o seio de ministérios, quando faz a intervenção ao nível das linhas de políticas públicas isso pode ter maiores riscos. Mais que não seja se não for totalmente transparente, porque os portugueses quando votam é em partidos: não votam em empresas para gestão”, concluiu.

O Governo PSD/CDS-PP admitiu no sábado ter contratado uma consultora privada para “organizar e estruturar” o trabalho da ‘task force’ responsável pelo Plano de Emergência da Saúde, sublinhando que a empresa tem trabalhado com o “universo Ministério da Saúde” nos “últimos anos”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Dezenas de ambulâncias parqueadas em hospitais

Este cenário, diz a ANTEM, é um sintoma claro da deterioração do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), que enfrenta críticas devido à falta de inovação, educação e planejamento estratégico.

SNS regista défice de 435 milhões de euros em 2023

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou um défice de 435 milhões de euros em 2023, com a despesa total a aumentar 6,8%, ultrapassando os 14 mil milhões de euros, indica o Conselho das Finanças Públicas (CFP).

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights