Pedro Sousa, da Comissão de Utentes de Saúde da Amadora (CUSA), disse à Lusa que o Centro de Saúde da Brandoa, no seu interior, não tem condições, estando “cheio de infiltrações e água, apesar das recentes obras que sofreu”.
Além disso, afirmou que o edifício não tem climatização e alertou para a falta de médicos e enfermeiros, salientando que, oficialmente, 63% dos utentes da unidade não tem médico de família.
O responsável admitiu também que, pelo facto de esta unidade ser de cuidados de saúde personalizados, “sofre mais com a falta de profissionais do que se fosse uma unidade de saúde familiar”.
Reconhecendo as “grandes limitações” das instalações de saúde no município, Pedro Sousa salientou que, para preencher as necessidades da população, “seria necessário construir mais seis unidades de saúde”.
“Das 35 vagas necessárias [de médicos e enfermeiros] na Amadora, o SNS [Serviço Nacional de Saúde] conseguiu preencher apenas seis”, referiu, avançando, no entanto, que mesmo que tivessem sido abertas mais vagas “não responderiam às necessidades”.
Segundo o responsável, para que os utentes consigam uma consulta aberta têm de “estar muito cedo, por vezes desde a meia-noite para tentar agendar consultas para os próximos meses, não tendo qualquer garantia que tenham a sua consulta”.
Na nota de imprensa, a CUSA refere também que “não seria possível acomodar condignamente” as vagas dos profissionais de saúde caso fossem preenchidas “por falta de espaço para gabinetes”, apesar de o Centro ter recebido obras recentes, mas que “não resolveram uma parte importante da causa das más condições” da unidade.
A comissão de utentes estará em protesto agendado para as 09:00 de quinta-feira frente ao Centro de Saúde da Brandoa, em Alfornelos.
LUSA/HN
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