“A Câmara Municipal de Odemira informa que já foi levantada a restrição a banhos que perdurava desde terça-feira na praia da Zambujeira do Mar”, pode ler-se num comunicado publicado por este município do distrito de Beja na sua página na rede social Facebook.
Apesar de saudar a “reposição da normalidade” naquela praia, a autarquia frisou que “continuará empenhada em identificar, junto das entidades competentes e com os recursos que tem à disposição, as causas que têm conduzido a estes episódios, de forma a resolvê-los de forma permanente”.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro, explicou hoje que a interdição a banhos na Zambujeira do Mar “foi levantada na quinta-feira ao fim do dia”, embora só hoje produza efeitos práticos.
“Recebemos os resultados das análises à água que permitiram levantar a interdição a banhos”, disse, explicando que foi retirada a bandeira vermelha, o que vai permitir hoje um dia normal de praia.
A câmara, em conjunto com outras entidades, vai “continuar a fazer recolha de amostras e análises em vários pontos da linha de água, de maneira a encontrar quais os pontos de contaminação da ribeira da Zambujeira”.
“Não vamos parar enquanto não conseguirmos resolver todas as fontes de poluição da ribeira”, prometeu.
Esta praia alentejana constava, desde terça-feira, da lista de locais desaconselhados e interditados para a prática balnear publicada na página da Internet da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), consultada pela Lusa na quinta-feira de manhã.
Segundo a APA, a água da praia da Zambujeira do Mar estava interditada a banhos devido a contaminação microbiológica.
Num comunicado anterior publicado na sua página no Facebook, a Câmara de Odemira indicou ter tido conhecimento da “perceção de mau cheiro e tonalidades inconsistentes do curso de água”.
“A leitura preliminar da colheita programada para segunda-feira confirmou a contaminação, determinando, assim, o desaconselhamento a banhos”, afirmou, na altura.
O município disse ter sido informado pela empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA) de que, na segunda-feira, tinha sido diagnosticada “uma deficiência nos arejadores e nas bombas de recirculação da ETAR [Estação de Tratamento de Águas Residuais]”.
“No entanto, a mesma entidade frisa que é do seu entendimento que tais situações não tiveram um impacto significativo”, sublinhou.
De acordo com a autarquia, num evento não relacionado, ocorreu na terça-feira uma rutura no sistema de rega do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira, a montante da ETAR, o que “aumentou significativamente o caudal do curso de água que desagua na praia e provocou um forte arrastamento no leito da ribeira”.
“Pelo que foi possível apurar, e apesar da coincidência de eventos, a água desta rutura não representa perigo para a saúde pública”, afiançou, então, o município.
LUSA/HN
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