Uma nota divulgada ao final da tarde, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) refere que esta medida “visa fazer face aos condicionamentos verificados devido à greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) às horas extraordinárias, para além do previsível aumento de ocorrências relacionadas com os meses de outono e de inverno”.
Segundo o INEM, o dispositivo de emergência tinha já sido reforçado com oito meios, que deverão estar em funcionamento até 31 de dezembro.
Com este reforço, adianta, o SIEM passa a dispor de um total de 711 meios de emergência pré-hospitalar, dos quais 445 são Postos de Emergência Médica (PEM) e 91 são postos reserva, “num aumento de 45 ambulâncias em relação ao final de 2023”.
“Enquanto entidade responsável pelo SIEM em Portugal continental, cabe ao INEM acompanhar e analisar de forma constante as necessidades reais da população e, sempre que necessário, ajustar ou reforçar os meios de emergência para adequar a capacidade do sistema”, lê-se no documento.
O INEM reforça o alerta para a importância de “uma utilização responsável do Número Europeu de Emergência – 112, que deve ser contactado apenas em situações de emergência, para garantir que os recursos estejam disponíveis para quem realmente precisa”.
Para outras situações, os cidadãos devem contactar o SNS24 através do número 808 24 24 24.
Desde quarta-feira, que os funcionários do INEM – uma estrutura que tem menos de metade de elementos do que o previsto no quadro – estão a fazer greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais, uma situação que está a criar vários problemas no sistema pré-hospitalar e na linha 112.
Na segunda-feira, a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar obrigaram à paragem de 44 meios de socorro no país durante o turno da tarde, agravando-se os atrasos no atendimento da linha 112.
O INEM já confirmou o impacto da greve e recomendou às pessoas que não desliguem as suas chamadas até serem atendidas.
A Liga dos Bombeiros Portugueses alertou hoje que “o colapso” do sistema de triagem de doentes gerido pelo Instituto Nacional de Emergência Médica está a criar uma “pressão extraordinária” nas corporações de bombeiros.
LUSA/HN
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