“É uma obra importante, muito importante, que fez parte do protocolo que fizemos no processo de descentralização. Foi assumido pelo então Governo a responsabilidade de enquadrar no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] 900 mil euros”, declarou Jorge Vala.
Segundo Jorge Vala, o concurso foi lançado “dentro desses valores”, mas ficou deserto.
“Como este valor não foi suficiente, em vez de retirarmos artigos ao caderno de encargos, decidimos acrescentar valor, da nossa responsabilidade imediata”, explicou, precisando que cabe à autarquia suportar a diferença face ao novo concurso, este com um preço base de 1.037.000 euros acrescidos de IVA.
O presidente daquela Câmara do distrito de Leiria expressou o desejo de que agora surjam empresas para realizar a obra.
“Eu espero, sob pena de continuarmos aqui a avançar com valores que cada vez são mais difíceis de suportar com a tesouraria do município”, alertou.
Jorge Vala adiantou ter a expectativa de que a autarquia venha a recuperar o diferencial, mas, se assim não for, a obra “tem à partida a necessária responsabilidade da tesouraria do município”.
“São 1.100.000 [euros] e só temos garantia de 900 mil euros, o que quer dizer que há 200 mil euros que são da responsabilidade do município”, salientou.
De acordo com o autarca a empreitada contempla “basicamente um processo de climatização, com eficiência energética associado, e também um projeto de acessibilidades, para pessoas com mobilidade reduzida”.
Jorge Vala esclareceu ainda que o Centro de Saúde de Porto de Mós “nunca sofreu obras de fundo”.
“É, de facto, aos dias de hoje, uma obra fundamental, tendo em conta a qualidade que tem de ser prestada aos nossos utentes e, sobretudo, também, o bem-estar dos profissionais de saúde que se exige neste tempo”, realçou.
O concurso foi publicado em Diário da República na terça-feira. A obra tem um prazo de execução de 360 dias.
LUSA/HN
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