Governo com 265,1 milhões de euros para novo hospital do Oeste

20 de Novembro 2024

O Governo inscreveu 265,1 milhões de euros para o novo hospital do Oeste no Orçamento do Estado (OE) para 2025, de acordo com uma nota do Ministério da Saúde entregue ao parlamento.

“O Governo, em 2025, adota as diligências necessárias para assegurar os procedimentos para a construção e equipamento de quatro infraestruturas hospitalares”, entre as quais consta o novo hospital do Oeste, é referido na proposta de OE2025 entregue na Assembleia da República em 10 de outubro.

Numa nota explicativa do OE2025 enviada mais tarde ao parlamento, o Ministério da Saúde esclareceu que se encontram inscritos 265,1 milhões de euros para o novo hospital do Oeste.

“O atual Governo previu pela primeira vez no Plano Plurianual do Serviço Nacional de Saúde uma dotação de 265 milhões de euros para a construção do novo hospital do Oeste e isto é positivo”, reagiu na semana passada o deputado do PSD Marco Claudino no parlamento, para lembrar a seguir que “falta concretizar e definir em definitivo a sua localização” pelo atual Governo.

Em outubro, numa reunião com os 12 autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Oeste, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assegurou que o concurso para a infraestrutura hospital deverá ser lançado “durante o primeiro semestre de 2025”.

Na altura, o presidente da CIM Oeste, Pedro Folgado (PS), disse à agência Lusa que “se vai construir o hospital”, mas que o Ministério da Saúde não tinha ainda decidido sobre a localização do novo equipamento, nem sobre o modelo de financiamento.

Isso apesar de, em julho, o parlamento ter recomendado ao governo que “assegure a construção e funcionamento do novo hospital público do Oeste no decorrer da atual legislatura” e que decida o método de financiamento “antes da discussão do Orçamento do Estado para 2025”.

A construção do novo hospital do Oeste consta da ‘Pasta de Transição’ entregue pelo governo socialista liderado por António Costa ao atual primeiro-ministro, o social-democrata Luís Montenegro.

O perfil assistencial e a localização foram aprovados em junho de 2023, “estando em estudo o modelo de financiamento”, que foi entregue à consultora PricewaterhouseCoopers (PWC) em fevereiro deste ano.

O novo hospital deverá cingir a área de influência a Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã, excluindo Nazaré e as freguesias de Alcobaça e Mafra atualmente servidas.

A decisão do anterior executivo de se construir o futuro hospital no Bombarral, num terreno de 54 hectares, teve em conta a sua centralidade em relação aos concelhos que vai servir e a dimensão do terreno que permite a expansão da nova unidade, se tal vier a ser necessário.

A escolha do Bombarral foi ainda sustentada em critérios de acessibilidade, como a proximidade à saída 11 da Autoestrada 8 (que atravessa todo o Oeste) e à estação do caminho-de-ferro.

O novo hospital deverá substituir as atuais unidades de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche da Unidade Local de Saúde do Oeste, que servem 300 mil habitantes dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

LUSA/HN

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