As portarias que formalizam a extensão do projeto “Ligue Antes, Salve Vidas” a estas duas unidades no Alentejo, para respostas de proximidade às necessidades assistenciais em situação de urgência, foram publicadas em Diário da República (DR) na quinta-feira.
Contactada pela agência Lusa, a diretora clínica dos cuidados de saúde primários da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Zaida Alves, apontou hoje as vantagens deste projeto para os utentes: “As mais-valias são que o utente pode ser devidamente encaminhado de acordo com a gravidade da sua situação e para o local mais adequado para a prestação de cuidados”.
Esta unidade gere o Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, e os centros de saúde dos cinco concelhos da região, abrangendo um total de cerca de 100 mil utentes.
De acordo com a responsável, esta semana, das mais de mil pessoas que recorreram aos serviços de urgência da ULSLA, “216 foram encaminhadas pelo serviço SNS24, 595 pessoas vieram sem qualquer encaminhamento e sem fazerem uma chamada antes e 150 foram referenciadas para os cuidados de saúde primários com hora marcada”.
“A nossa expectativa é de que as pessoas que vêm por iniciativa própria comecem a ser cada vez menos e que venham sempre referenciadas, porque o objetivo é que a urgência seja totalmente referenciada”, explicou.
A Lusa contactou também a Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA), mas não conseguiu esclarecimentos sobre o projeto em tempo útil.
O projeto “Ligue Antes, Salve Vidas”, que visa retirar doentes das urgências hospitalares, já funciona noutras 22 Unidades Locais de Saúde (ULS) do país.
Segundo a Direção Executiva do SNS (DE-SNS), até final de fevereiro de 2025, está previsto que o projeto arranque em mais oito unidades locais de saúde, representando 85% do total de ULS (39 no país).
Cerca de 350 mil doentes foram retirados das urgências hospitalares desde que o projeto se iniciou, em maio de 2023, de acordo com os dados da DE-SNS.
Dos cerca de 670 mil contactos dos doentes com o SNS24 realizados entre maio de 2023 e a passada segunda-feira, mais de 280 mil foram referenciados para os cuidados de saúde primários e cerca de 70 mil ficaram em autocuidados, totalizando cerca de 350 mil doentes.
LUSA/HN
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