Primeira associação em Portugal para ajudar doentes com cancro no cérebro criada na Lousã

22 de Janeiro 2025

A Associação Portuguesa do Cancro no Cérebro (APCCEREBRO), um projeto pioneiro que procura dar voz e apoiar doentes com cancro no cérebro, bem como promover a investigação científica na área, foi criada na segunda-feira, na Lousã.

A associação, fundada por Renato Daniel, surge para “colocar ao dispor da sociedade todo o conhecimento e informação disponível na área do cancro no cérebro” e ajudar os doentes e os familiares a “terem uma voz para partilhar os seus sentimentos e que necessitam de algum tipo de acompanhamento mais personalizado”.

O fundador, que é também ex-presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra, explicou também ter passado e contactado diretamente com a doença e que “o sentimento de todos os doentes é comum” de que, “embora o conhecimento técnico e científico esteja disponível à comunidade em geral, muitas das vezes surge numa linguagem muito pouco acessível”.

Em declarações à agência Lusa, Renato Daniel disse que uma das ambições passa por “colocar ao dispor da sociedade apoios financeiros e logísticos às pessoas que estejam em situações desfavoráveis socioeconomicamente e que possam ver na associação uma lufada de ar fresco para dar resposta às suas necessidades”.

Renato Daniel adiantou que a associação irá ter uma comissão científica, composta por médicos especialistas na área e por especialistas ligados às ciências sociais.

Apesar de ainda estar a constituir os seus órgãos sociais, a associação, “feliz ou infelizmente, tem sido contactado por muitas pessoas” à procura de apoio, explicou o fundador, que adiantou que “muitos destes doentes e familiares que estão agora a contactar vão poder fazer parte da própria fundação”.

A sede da APCCEREBRO, na Lousã, terra natal do fundador, foi garantida através do apoio da Câmara Municipal local algo que, segundo Renato Daniel, foi fundamental uma vez que ainda a associação ainda “não possui recursos financeiros suficientes”.

“O papel que a Câmara Municipal da Lousã teve foi deveras importante na formalização e constituição da associação”, acrescentou.

lusa/HN

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