UGT defende pacto para dar respostas na Saúde e vai levar tema à Concertação Social

23 de Janeiro 2025

 O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) defendeu hoje, em Faro, a importância de um pacto para dar respostas aos problemas da Saúde, prometendo levar o tema à Concertação Social.

“Eu acho que um setor como é o SNS [Serviço Nacional de Saúde], a Saúde, justificava um pacto entre todos para que discutissem os problemas que a Saúde tem e para que se dessem respostas”, afirmou aos jornalistas Mário Mourão, após uma reunião com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve.

O secretário-geral da central sindical sublinhou que “é preciso ouvir mais os profissionais de saúde” sobre um tema que carece de uma “discussão séria”.

“Queremos ouvir também da senhora ministra [da Saúde] o que é que pensa sobre isto. Porque, de facto, está ao alcance de todos, nomeadamente dos governos e dos agentes políticos, encontrar as respostas para os problemas que o SNS tem”, acrescentou.

Mário Mourão sublinhou que “falta vontade” para que os agentes políticos e sociais possam assumir um pacto nesta área.

“Eu acho que é tão pouco o que se pede para que possamos, todos os que têm interesse em resolver os problemas da Saúde, sentar-nos e assumir compromissos sobre esta área”, ressalvou.

Num país em que os jovens “são obrigados a procurar outras geografias para ter um salário condigno com aquilo que é a sua formação”, apontou, é preciso encontrar respostas na valorização salarial e no reforço de recursos humanos com vínculo definitivo ao SNS.

“O nosso país é um país de salários baixos e eu acho que isso é consensual no país, e, portanto, é preciso fazermos qualquer coisa para que se inverta esta situação. O Algarve tem um curso de Medicina, criado para que se pudesse fixar estes profissionais na região. Com os salários que se pagam, como é que nós vamos fixar esses profissionais da saúde para ficarem no Algarve? É motivando-os, dando-lhes condições de trabalho e condições de valorização salarial”, defendeu o secretário-geral da UGT.

Este, sublinhou Mário Mourão, “não é um setor marginal, é um setor fundamental para o país”, e “tem de estar inserido neste esforço que o país precisa de fazer para inverter os anos de atraso”.

Uma delegação da UGT, liderada pelo secretário-geral, deslocou-se hoje à região do Algarve a convite da união distrital (UGT-Algarve), para uma série de encontros e reuniões com várias entidades.

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