Estas ideias foram discutidas na segunda-feira durante a “semana da ciência” organizada pela Universidade Politécnica Mohamed VI (UM6P) em Benguerir, perto de Marraquexe, noticiou a agência Efe.
Ken Giller, professor emérito de sistemas de produção vegetal na Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, realçou que o reforço da segurança alimentar em África no futuro é “um dos grandes desafios” do presente.
Ao mesmo tempo, lamentou que não se tenham registado progressos nesta área nos últimos anos num continente onde a fome “está a aumentar” e onde 20% da população sofre de subnutrição.
Giller, cuja investigação se centra nos sistemas de agricultura de pequena escala da África Subsariana, apelou ao aumento da fertilidade e da produtividade nas pequenas explorações agrícolas através do aumento da produção de nutrientes como o azoto e o fósforo, dois recursos necessários para a nutrição das plantas.
O investigador notou que a utilização destes elementos em pequenas explorações, que se dedicam ao cultivo de leguminosas tropicais — em vários países da África Subsariana — como o Malawi — melhorou a produtividade.
Da mesma forma, Jacob Jones, professor de ciência e engenharia na Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA, enfatizou a necessidade “urgente” de unir esforços globais para fortalecer a produção de fósforo.
Por sua vez, Hicham El Habti, presidente da Universidade UM6P, afirmou que este elemento pode tornar-se “um fator-chave para a segurança alimentar em todo o mundo”.
“Imagine as possibilidades se unirmos os recursos naturais vitais com a eficiência impulsionada pela IA”, frisou.
LUSA/HN
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