Segundo disse à Lusa Elisabete Gonçalves, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, na região Centro a média de adesão ronda os 85%.

“ A adesão está a ser muito boa e, nalgumas unidades, é de 100%”, disse.

Como exemplo, a sindicalista apontou a Unidade Local de Saúde (ULS) de São José (em Lisboa) que “está a 100%”, a ULS de Santa Maria (também em Lisboa), com uma adesão total nos serviços de cirurgia e urgência.

Elisabete Gonçalves disse ainda que na ULS de São João (no Porto), a adesão ronda os 80% nas urgências e cirurgias.

Questionada sobre se a adesão de 100% nos serviços de cirurgia implicava o fecho dos blocos operatórios, lembrou que há trabalhadores sempre a garantir os serviços mínimos.

Numa declaração escrita enviada à Lusa, o presidente da APTAS – Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde, Adão Rocha, disse que em várias ULS “estão a utilizar assistentes operacionais para desempenhar funções de técnicos auxiliares de saúde”, uma prática que diz ser “recorrente”, mesmo sem a greve.

Explicou ainda que esta situação acontece devido “à má interpretação da lei”: “cada ULS interpreta a lei de acordo com os seus interesses”.

“Os profissionais contratados com contratos por tempo certo, que já estavam a laborar antes da criação da carreira, em dezembro de 2023, não transitaram para a carreira de TAS, mesmo estando nas funções”, acrescentou.

A greve dos técnicos auxiliares de saúde foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais para exigir a transição para a carreira de todos os trabalhadores que exercem funções de TAS (Técnico Auxiliar de Saúde), o aumento dos níveis remuneratórios.

Os trabalhadores pretendem ainda a atribuição à carreira do nível de complexidade 2 e o reconhecimento da penosidade e do risco inerente à função.

lusa/HN