DGAV alerta para agravamento da febre aftosa na União Europeia

25 de Março 2025

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) alertou hoje para o agravamento da febre aftosa na União Europeia (UE), após terem sido confirmados três novos focos a sul da Eslováquia.

“A situação epidemiológica da febre aftosa (FA) na União Europeia agravou-se novamente, dada a confirmação pelas autoridades veterinárias da Eslováquia […] de três focos de febre aftosa na zona de restrição decorrente do foco na Hungria, ao longo do rio Danúbio, no sul da Eslováquia”, lê-se numa nota da DGAV.

Cada uma destas explorações tem entre 600 e 1.000 bovinos jovens e vacas leiteiras.

O último foco neste Estado-membro tinha ocorrido em 1974.

De acordo com a DGAV, já estavam a ser aplicadas medidas nas zonas de restrição, como proibições à movimentação de animais, visitas às explorações, controlo de todas as viaturas na fronteira com a Hungria, proibição de caça e sensibilização de caçadores.

As autoridades da Eslováquia estão agora a aplicar medidas de emergência nas explorações afetadas e a alargar e adaptar as zonas de restrição.

Desde o início de 2025, a febre aftosa foi detetada na Alemanha, Argélia, África do Sul, Burkina Faso, Camboja, China, Comores, Guiné, Coreia do Norte, Hungria, Iraque, Israel, Líbia, Palestina, Moçambique, Serra Leoa e Vietname.

Para reduzir o risco da entrada da febre aftosa em Portugal, a DGAV apela aos produtores, comerciantes, industriais, transportadores e veterinários para que reforcem as medidas preventivas.

É assim recomendada a aplicação das medidas de biossegurança nas explorações, entrepostos e transportes, nomeadamente a “adequada limpeza e desinfeção”.

Por outro lado, é proibida a alimentação de animais com lavaduras, restos de cozinha e de mesa.

Não devem ser deixados restos de comida acessíveis a javalis.

A ocorrência ou suspeita de febre aftosa tem de ser obrigatoriamente comunicada à DGAV.

Não existe tratamento para esta doença e a vacinação é proibida na União Europeia, “exceto em situações de emergência”.

lusa/HN

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