Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, que decorreu hoje em Lisboa, a resolução aprovada pelo executivo autoriza a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) a realizar a despesa relativa à celebração do acordo de cooperação com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).
Este acordo de cooperação destina-se à prestação de cuidados de saúde especializados no âmbito da diabetologia relativos ao período entre 2024 a 2027, até ao montante máximo global de 18,5 milhões de euros, referiu o Governo.
“Esta despesa irá financiar a aquisição de dispositivos de perfusão subcutânea de insulina (PSCI) para a administração de insulina a pessoas com diabetes tipo 1”, adiantou o comunicado.
Segundo a APDP, a utilização destes dispositivos pode proporcionar uma melhor compensação aos diabéticos, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.
As bombas de insulina de última geração têm um sensor que mede em permanência o nível de glicemia do doente, adaptando a dose de insulina necessária ao longo do dia, enquanto nas mais antigas o doente tem de medir ele próprio o índice de glicemia (com picada no dedo) e introduzir os dados no equipamento.
A APDP, fundada em 1926 e que tem hoje mais de 28 mil associados, estima que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 em Portugal, 5.000 das quais serão crianças e jovens.
A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina.
lusa/HN
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