“Tivemos este sábado sete urgências encerradas no país”, começou por referir André Ventura, numa conferência de imprensa que decorreu na sede do partido, em Lisboa, ao final do dia.
Depois do debate “com o primeiro-ministro na última semana, em que o primeiro-ministro defendeu o trabalho que o Governo tinha feito na saúde, ao contrário do Chega, que lhe apontou as falhas gravíssimas que os portugueses sentiam dia a dia na saúde, hoje ficou a melhor prova de todas que o primeiro-ministro mentiu e omitiu”, apontou.
E argumentou: “Mentiu quando disse que a saúde estava a recuperar melhor, pois não se pode imaginar que estejamos com mais urgências fechadas este ano do que no ano passado.”
No domingo estarão “oito urgências encerradas também, para já, em todo o país, sobretudo na região de Lisboa e de Vale do Tejo”, prosseguiu, referindo que “é um falhanço gigantesco do Governo que tem de ser apontado”.
Perante esta situação, “onde raio anda a ministra da Saúde, num dia em que as urgências são fechadas, em que há hospitais que não estão a atender como deviam, onde é que anda a ministra da Saúde”, questionou André Ventura.
“Não sabemos o que pensa a ministra da Saúde e não sabemos como vão resolver o problema, isto é o drama verdadeiro de um Governo incompetente e ausente”, porque “não tratou de num ano fazer o que António Costa não fez”, e sabendo que há escalas de férias e de ausências, “sobretudo em dias feriados e em dias de férias, nada fez para acautelar que essa saúde era acessível”, elencou.
Por isso, o Chega vai procurar na próxima semana que “seja possível, embora com dificuldade, chamar de urgência a ministra ao Parlamento para dar uma explicação sobre o que se passa na saúde”.
Esta é “a última semana antes do início formal da campanha eleitoral, há também uma reunião da Comissão Permanente na próxima quarta-feira” e como na terça-feira há uma conferência de líderes o “Chega procurará, dada a situação absolutamente emergente e extraordinária, chamar à responsabilidade a ministra da Saúde”, afirmou.
Isto porque “não é aceitável, estejamos à porta da campanha eleitoral ou não, que se aceite que o país tenha sete, oito, 10 ou 15 urgências fechadas, no momento em que as pessoas estão em casa ou que estão ausentes do seu local de trabalho e se precisam de saúde não a têm, ou têm de recorrer ao setor privado”.
Por isso, o Chega vai procurar obter uma resposta do Governo – mesmo que “a Assembleia da República entenda que já não há condições para um debate ou para um chamamento à razão da ministra da Saúde ao parlamento” -, urgente “em 48 horas” sobre o que o Governo vai fazer para “para garantir” um reforço de pessoal nas urgências nos próximos dias para que não aconteça o que se passou na semana passada no Seixal, disse.
André Ventura deixou ainda uma “nota de pesar, já afirmada no dia do falecimento do Santo Padre, mas cujo funeral se realizou em Roma, hoje, e que merece uma nota de consternação e de seguimento e de acompanhamento de todos os partidos”.
Por isso, o Chega, “e infelizmente não como outros, optou por não fazer campanha eleitoral neste dia”, rematou.
lusa/HN
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