A Península Ibérica foi, esta segunda-feira, palco de um apagão elétrico sem precedentes, deixando milhões de pessoas em Portugal e Espanha sem eletricidade durante várias horas. O colapso da rede afetou comunicações, transportes, caixas multibanco, semáforos e obrigou ao encerramento de estabelecimentos comerciais. Em hospitais, a resposta urgente e de emergência foi assegurada com recurso a geradores, evitando constrangimentos graves no Serviço Nacional de Saúde.
A Ordem dos Médicos, através da sua Célula de Crise, acompanhou em permanência o impacto da falha elétrica no setor da saúde, mantendo contacto direto com o Ministério da Saúde, o Serviço Nacional de Saúde e o Instituto Nacional de Emergência Médica. O Bastonário da Ordem, Carlos Cortes, garantiu total disponibilidade para apoiar as autoridades e relatou que, até ao momento, as unidades hospitalares conseguiram manter a resposta aos casos urgentes, apesar das dificuldades impostas por esta situação excecional.
A energia começou a ser reposta de forma faseada ao final do dia, estando a rede elétrica estabilizada em Portugal por volta das 23h30, segundo a REN. Em Espanha, mais de 99% do fornecimento foi restaurado ao início da manhã de terça-feira. As causas do apagão permanecem sob investigação, mas as autoridades descartam, para já, sabotagem ou ciberataque, apontando para uma oscilação abrupta na rede elétrica espanhola como possível origem.
Durante o apagão, serviços essenciais como hospitais funcionaram a partir de geradores e não foram registados incidentes graves no setor da saúde. O Ministério da Saúde confirmou que não houve constrangimentos significativos, embora milhares de consultas e procedimentos tenham sido adiados, obrigando a um esforço de recuperação nos dias seguintes.
A Ordem dos Médicos mantém o apelo à serenidade e reforça a importância de contactar a Linha Saúde 24 em caso de necessidade, enquanto continua a monitorizar a situação em articulação com todas as estruturas de emergência.
PR/HN/MM
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